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Regional
22/01/2013 10h36

Famílias se arriscam em ponte perigosa na zona rural de Caldas, MG

Moradores enfrentam situação há quase 40 anos.

Quem vive na zona rural de Caldas (MG) e precisa passar pelos bairros Terra Preta e Serra do Paraíso precisa se arriscar em uma ponte bastante precária. Com mais de 20 metros de comprimento e feita com tábuas de madeira e cabos de aço, a ponte é suspensa sobre o Rio Pardo, que chega a mais de quatro metros de profundidade. Em alguns pontos, a madeira da ponte está podre e com vários buracos.

O produtor rural Sebastião Barbosa, 73 anos, é um dos que se arriscam no local. Com problemas para caminhar , ele sente medo de cruzar a ponte. “Não tem outra forma, eu preciso arriscar, né?  Dar a volta demora muito, além de ser longe”, disse.

Eu passo aqui porque a outra opção seria dar uma volta de 4 quilômetros a pé", disse Antônio Delgado - aposentado.

Ele não é o único. Mesmo sem saber nadar e com reumatismo nas duas pernas, o aposentado Antônio Virgílio Delgado também se arrisca pela ponte. “Eu passo aqui porque a outra opção seria dar uma volta de quatro quilômetros a pé. Eu tenho que passar”, comentou.

Em agosto de 2012, Renato Cleiton Nunes, de 35 anos, foi encontrado morto no Rio Pardo. A família acredita que ele tenha caído ao tentar atravessar a ponte. Cinco meses depois, a situação enfrentada pelos moradores é a mesma.

A doméstica Rita Delgado tenta enfrentar o medo e cruza a ponte com o filho de cinco anos. “Eu tento ir com cuidado, devagar e sem olhar para baixo. Minha mãe está doente, então passar pela ponte é uma necessidade, mas nós estamos ilhados aqui”, contou.

Moradores se arriscam em ponte precária em Caldas. (Foto: Reprodução EPTV)
Moradores se arriscam em ponte precária em Caldas. (Foto: Reprodução EPTV)

 

O sargento Alencar, do Corpo de Bombeiros de Poços de Caldas (MG), responsável também pelo município de Caldas acredita que não há segurança na ponte. “Não existe segurança nenhuma. A ponte é extremamente precária, sem qualquer tipo de proteção. E há um risco maior ainda, que é a profundidade do Rio Pardo. Caso aconteça algum acidente e a pessoa não saiba nadar, ela pode ser levada pela correnteza”, explicou.

Questionado, o prefeito Ulisses Guimarães Borges disse que o município não tem condições financeiras para resolver o problema e explicou que já pediu ajuda ao Governo do Estado. “A prefeitura não tem verba para realizar o que precisar ser feito ali, mas eu estive em Belo Horizonte e entrei em contato com a Secretaria Estadual de Obras, que  se sensibilizou com o problema da ponte e dos moradores que há mais de 40 anos enfrentam essa dificuldade. Eu garanto que vou batalhar muito para tentar resolver isso. Vamos tentar também uma emenda para conseguir recursos ou ainda, recursos estaduais”, esclareceu.


Fonte G1

 

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