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Leia agora o Correio do Papagaio - Edição 1897
Regional
23/02/2017 15h49

O bem feito pelo mal feito

Mesmo sendo um sábado de carnaval, em Itaipava, RJ, famoso distrito de Petrópolis  que pela sofisticação dos que ali vivem e visitam, fazem da localidade um centro turístico de grande  expressão, onde o alto comércio de diversificado varejo, entre a moda e a culinária torna-se o carro chefe dos negócios, com muito empreendimento ali realizados pela presença de vários shoppings. Naquele dia, estávamos no Shopping Villarejo, em que a incidência de pessoas, notadamente de turistas, circulando pelas dependências e lojas, se fazia sem dúvida bem concorrida. Nós como parte integrante daquela massa ordeira e alegre entre olhar as vitrines e curtir o “footing”, chegamos a uma loja de moda que interessado entramos.

Escolhidas as peças, enquanto entre idas e vindas ao provador, aguardava e ajudava minha mulher na sua escolha do melhor modelo, dois casais se chegam a chamar atenção pelo comportamento extrovertido, em que o riso se sobressaia e ficaram a apreciar os artigos expostos no salão. De repente, casualmente olhei ao chão e notei pela incidência da luminosidade, que havia pequenas poças como houvesse derramado algum líquido. Estranhei o fato, já que  estivera naquele espaço e nada observei.

Junto ao balcão a providenciar o pagamento de nossas compras, notei que os dois casais dispersos e separados, ambos entre risos  e trejeitos se entreolham dando mostras de que algo de errado ocorria. Concluída as compras, nos entregue as sacolas e ao nos dirigir a porta, um baque surdo ecoou a assustar-nos.  Ao virar a cabeça rapidamente, vi ao chão uma das “dondocas” estatelada sendo acudida pelo seu companheiro, agora não tão risonho, com o outro casal à porta um tanto assustado esgueirar-se. Erguida, esfregando a cabeça à altura da nuca e amparada pelo homem e outras duas vendedoras que acorreram, deixa a loja trôpega a unir-se ao casal lá fora. Nota-se então que seus fundilhos têm a bermuda e blusa  molhados. A gerente mostrando-se perplexa, atônita, culpa o acidente pelo encerado do piso de ardósia. Retrucando seu lamento, discordei a revelar que a própria acidentada fora a culpada, provocada pela sua atitude vandálica, ao urinar-se, deixando a urina escorrer pelas pernas abaixo em atitude indecorosa em plena loja, encoberta pelos seus companheiros  inconsequentes, que aos risos aprovaram seu desprezível ato.
Moral da história: Não é só quem brinca com fogo que amanhece mijado...

Ah... Esses “turistas ditos foliões” que se aproveitam por ser carnaval e estão liberados a executarem seus indecorosos atos a subjugar a civilidade em detrimento do respeito da moral, mas  ao sentirem em atos, atitudes recompensada merecidamente, mesmo que possam por momentos nos causar preocupação, não passam de uns insólitos e debilóides a nos oferecer instantes deveras pitorescos...

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