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25/07/2013 10h46

Personagens que fazem parte da Nossa História - Arcesio Francisco de Oliveira Villela

Arcesinho como era conhecido marcou época na cidade de São Vicente de Minas.

por Isa, Renata e Fernanda

 

Arcesio Francisco de Oliveira Villela, conhecido como Arcesinho, nasceu em 28 de agosto de 1936 em São Vicente de Minas. Filho de Arcesio Gonçalves Villela um dos proprietários dos Laticínios Salgado Alves, cujo depósito no Rio de Janeiro fez com que lá fossem morar, e de dona Maria das Dores de Oliveira Villela. Tinha mais seis irmãos e todos passavam as férias com os primos em São Vicente de Minas, vindo no trem de Barra Mansa ou na Kombi do pai. Foi aluno do Colégio Marista São José e formou-se na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, hoje UERJ, mas optou em fazer concurso para o Banco do Brasil onde trabalhou até 1975, quando foi chamado para trabalhar no Banco Central em Brasília.

Apaixonou-se por Isa Arantes, que era uma menina linda, mas o esnobava. Mas o amor à primeira vista fez com que ele lutasse pela mulher dos seus sonhos até conquistá-la. Depois de casado passou a frequentar com a esposa e os quatro filhos a cidade que tanto amava e que também virou uma paixão para a família. Quando ainda não havia asfalto vinha com as crianças no banco de trás, numa expectativa louca de chegar. Para que a viagem não fosse tão cansativa (E era!) cantava, contava piadas e histórias de terror, pegadinhas e jogos lúdicos eram feitos. Sete, oito, até nove horas eram levadas quando chovia e o Opala, mesmo sendo o carro do ano, não aguentava “o tranco”. Mas compensava! Chegar ao “pedacinho do céu” era quase chegar ao próprio céu literalmente. Que alegria! Para o Arcesinho o maior prazer era jogar sinuca no “Pelanca”, jantar no bar do Ibraim, pescar no rancho dos amigos e fazer serestas no Bar do Zezé na companhia dos primos Roberto Oliveira, Raquel, Regina, Maria Helena, Marcelo “Braga”, Tatão e Julio Caveirão. Na gestão do seu primo, Prinha, Arcesinho reviveu o jornal A RUA. Adorava escrever e escrevia muito bem, fato que pode ser comprovado no antigo jornal.

Era um filho apaixonado, um pai dedicado e um avô amoroso.

Se aposentou em 1993 para curtir a natureza, mas ficou doente. Durante dois anos fez hemodiálise, o que era para ele uma verdadeira tortura. Foi definhando e seus olhos já não tinham brilho. Mas aí surgiu uma esperança: um transplante renal. Após dezenas de anos de convivência, sua esposa e o grande amor de sua vida pode ser a doadora. Por mais sete anos pôde viver com um pedaço da mulher amada em seu corpo.

Um Acidente Vascular Cerebral fez com que ficasse em coma por mais de noventa dias, retornando do coma profundo no dia do aniversário de sua neta, quando comunicamos a ele que ela havia passado na prova da OAB com nota máxima. Foi aí que a família pôde aprender o verdadeiro amor e o sentido da força que os unia. No dia 17 de setembro de 2008 partiu para encontrar seus conterrâneos no plano espiritual.

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