Fotos: Sindpol/MG
O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais anunciou a greve que começou na manhã de segunda-feira, 20.
Na região do sul de Minas, as regionais Itajubá, Pouso Alegre, Campo Belo, Lavras, Varginha, Três Corações e São Lourenço aderiram 100% à greve. O que quer dizer que os serviços dessas regionais estão reduzidos a 30%, que é o limite estabelecido na lei de greve.
O atendimento ao público está sendo realizado da seguinte forma:
- das 14h às 16h 40min – atendimento ao público em geral;
- das 14h às 16h 40min – na quinta-feira – entrega de documento de trânsito – CRV e CRLV;
- flagrantes, TCO e crimes/agressão contra mulheres (violência doméstica), idosos, crianças e pessoas portadoras de deficiência – 24h por dia
“O período de duração da greve é indeterminado. Enquanto não houver uma negociação concreta, sólida, que atenda realmente aos anseios da categoria Policial Civil provavelmente a greve permanecerá”, explica Márcio Araújo da Silva, diretor desincompatibilizado e filiado ao Sindpol MG.
Entre as reivindicações estão, segundo Márcio, os 40% de periculosidade, previstos em Lei Orgânica da Polícia Civil e que não foram ainda repassados, e melhoras na infraestrutura, equipamentos de trabalho e pessoal.
“A paralisação se dá pela falta de compromisso do Governo de Estado para com a categoria Policial Civil de Minas Gerais, com o descumprimento da Lei Orgânica da Policia Civil, sucateamento, falta de recursos humanos e bélicos, infraestrutura, delegacias alugadas por prefeituras, entre outros”, ressalta Márcio.
Outro ponto que está sendo reivindicado com a greve é a necessidade de mais pessoal para a Polícia. Ao todo são 9 mil servidores, nas diferentes categorias, para trabalhar em todo o estado. “Hoje a Policia Civil teria que ter no mínimo 18 mil servidores, entre todas as carreiras, delegados, peritos, escrivão, medico legista, investigador. Estamos reivindicando para prestar um melhor serviço à sociedade”, conclui Márcio Araújo.
A Polícia Civil afirma também que o Governo de Estado trata de forma diferenciada a Polícia Militar, a qual tem viaturas novas e todo o ano concursos e progressões na carreira, diferentemente do que acontece com a Polícia Civil.
O Governo de Estado tem chamado o Sindicato da Policia Civil pra dialogar, mas ainda não foram feitas propostas que agradaram a categoria. A greve continua por tempo indeterminado.