A produção de leite orgânico em São Vicente já é conhecida na cidade há algum tempo. O município conta hoje com quatro produtores rurais. Mas agora, a ideia é voltar a produzir também os queijos finos de forma natural.
A produção de queijos ainda não teve início. A expectativa é de que isso aconteça a partir do mês de fevereiro. Inicialmente, os produtores vão gerar mil litros de leite por dia. O objetivo, no entanto, é que a quantidade aumente com o decorrer do tempo.
Para trazer de volta os queijos finos orgânicos, os produtores firmaram parceira com duas empresas da região que ficarão responsáveis pela produção e distribuição dos produtos.
O produtor rural e pecuarista, Renato Campos, este tipo de produção é vantajosa para o consumidor e também por beneficiar o meio ambiente. “Não utilizamos nenhum tipo de elemento químico, ou seja, o alimento é saudável. O nosso trabalho agrega valor e qualidade ao produto, que estará na mesa do consumidor. Além disso, respeitamos o meio ambiente e todo o ecossistema”, ressalta.
A EMATER (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais) apoia os quatro agricultores. Eles são incentivados desde uma simples orientação e o uso de novas tecnologias até o financiamento de projetos.
Os produtores de São Vicente geram, atualmente, um total de 4 mil litros de leite orgânico por dia. O trabalho, quando iniciado, inovou a pecuária leiteira da cidade, segundo Marcelo Rodrigues, técnico da EMATER e Especialista Agropecuário. “O tradicional leite orgânico é um marco para o município. Se eles conseguirem alavancar a produção de queijo natural será mais uma conquista e exemplo para outros produtores”, informa.
A empresa quer aumentar o número de produtores de leite orgânico, no entanto, esse método tem um custo alto para o produtor dificultando a expansão de novos membros, de acordo com o técnico da EMATER Marco Rodrigues. “Infelizmente a produção de leite e de outros produtos orgânicos é cara. Os produtores precisam se enquadrar no que chamamos de agricultores familiares. Eles precisam, entre outras coisas, depender mais da mão de obra familiar; ter uma renda mínima anual e aplicar metade do dinheiro a produção”, finaliza.