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Regional
23/02/2017 10h29

Produção de trutas em Itamonte movimenta mais de R$10 milhões por ano

O Diretor de Desenvolvimento Rural, Ricardo Fernandes, informou que uma das metas é promover a legalização de todos os produtores da cidade até o fim do ano

Itamonte - Reunião dos truticultores com a Diretoria de Desenvolvimento Rural e a EMATER

A produção de trutas é uma das principais fontes de renda de Itamonte. Atualmente, o setor movimenta mais de R$10 milhões e gera, aproximadamente, mil toneladas de trutas por ano. A prática da truticultura na cidade deverá ser impulsionada, como incentivo aos mais de 100 produtores do município. A prefeitura pretende criar estratégias ao longo do ano para alavancar esta atividade.

Na segunda-feira (13), os truticultores da cidade se reuniram com o Diretor de Desenvolvimento Rural Ricardo Fernandes para tratar do Plano de Desenvolvimento da Truticultura no município. Entre os assuntos, as partes abordaram a legalização da produção de trutas; criação de abatedouro e estudos junto a Universidade Federal de Minas Gerais para a reutilização da água usada no processo de criação das trutas.

Um dos maiores impasses entre a legislação ambiental e os produtores é a área onde as trutas são criadas. Segundo o Diretor de Desenvolvimento Rural, Ricardo Fernandes, Itamonte é rodeada por espaços de preservação ambiental, como parques e corredores ecológicos. “A produção de trutas é a principal atividade econômica rural da cidade e a maioria dos produtores não exerce a função de acordo com as normas da lei. Essa seria uma das principais iniciativas da prefeitura, que é promover aos profissionais, o registro de aquicultor junto a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e a outorga do uso de água”, ressalta Ricardo Fernandes.

Os cidadãos de Itamonte, que trabalham nesse ramo, são de grande maioria produtores rurais da economia familiar -utilização de mão de obra no âmbito da própria família-. Ou seja, a preocupação da gestão municipal é de que esses moradores fiquem desempregados e sem renda, caso sejam proibidos de exercer a função.

A prefeitura está preparando um seminário, que deve ser realizado em abril, onde será feito um mutirão para atender os truticultores. Na ocasião, eles poderão fazer o registro de aquicultor. Será necessário levar documentos pessoais, como RG e CPF, além da certidão do imóvel que comprove a utilização do terreno onde é feita a produção.

Outra prioridade da prefeitura é a criação de um abatedouro, dentro das normas dos Serviços de Inspeção Federal (SIF), onde o produtor poderá levar o peixe para ser abatido e legalizar a comercialização do produto para todo o território nacional. “Este é um projeto que temos para estimular a economia do município. O produtor poderia sair com o peixe pronto para ser comercializado, já que o produto ganharia um selo de inspeção”, explica o Diretor de Desenvolvimento Rural, Ricardo Fernandes.

A expectativa da prefeitura é de que até o fim do ano os produtores de trutas estejam legalizados para que as atividades sejam realizadas normalmente. Sobre a construção do batedouro, o Diretor de Desenvolvimento Rural acredita que estudos comecem a ser feitos em busca do melhor local para alojar o serviço.

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