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21/06/2013 09h55

Produtor é pioneiro em produção de leite de ovelhas

Criador de ovelhas é pioneiro na produção.

Um criador de ovelhas de Soledade de Minas é pioneiro na produção de leite e derivados. Além das vantagens nas propriedades do leite da ovelha, rico em nutrientes e que não possui lactose, substância que causa alergia em algumas pessoas, as ovelhas ocupam menos espaço, portanto a área de pastagem necessária é menor em comparação com as vacas.

O rebanho do produtor Dalny Araújo Sucasas é de ovelhas da raça lacône, que se espalham pela Serra da Mantiqueira. Só as fêmeas que estão prenhas ficam no pasto, até os quatro meses de gestação. As outras, que também são adultas, vivem confinadas, e só saem das baias para irem para a ordenha mecânica.

Os funcionários fazem a higienização das tetas, dando início ao processo de ordenha. Cada ovelha produz em média de 300 mililitros a 3 litros de leite por dia. “A gente não tem nada como referência para saber quantos litros de leite o animal vai dar. Então nós pesamos a cada 15 dias, individualmente, todas as ovelhas para fazer esse banco de dados e selecionar os animais mais produtivos, para tentar chegar a uma média de produção de dois litros/dia”, explica o produtor.

Mas essa produtividade é compensada pelo baixo custo de manejo e trato de um rebanho como o do produtor Sucasas. Na comparação com uma vaca leiteira, por exemplo, o que se gasta com uma matriz, é possível manter 10 ovelhas adultas.

“Uma ovelha come em torno de 4 kg de alimento por dia. Uma vaca come 40 kg no mesmo período. Num hectare de pasto, o normal é você colocar uma vaca, que você pode substituir por 10 ovelhas. Numa área confinada como esta que temos, é a mesma coisa. Num espaço onde cabem 10 ovelhas, você colocaria uma vaca”, compara Sucasas.

O carioca Dalny Araújo decidiu começar com a ovinocultura em 2009. Atualmente tem 700 cabeças entre matrizes, que são a maioria, 11 carneiros reprodutores e cordeiros filhotes, que quando machos são abatidos e vendidos para frigoríficos. Os cães da raça pastor maremano também são vistos no local, e são uma espécie de guarda-costas das ovelhas.

O leite é a principal atividade da fazenda. Por dia são 200 litros que vão direto para um laticínio que fica na propriedade mesmo. Cosme Antônio Azarias é queijeiro experiente. Há 28 anos ele nem imaginava que um dia trabalharia com leite de ovelha. “O rendimento é surpreendente. É um leite completamente diferente e a massa tem de ser trabalhada com muito carinho, com muita concentração, porque senão o produto final não vai ser de acordo com o esperado”, explica o queijeiro.

Do leite de ovelha são produzidos seis tipos de queijo e um de iogurte. O produto é rico em cálcio e vitamina c, além de ter proteínas com alto valor biológico e ainda minerais como potássio, manganês, cobre e zinco. E o que é mais importante: não tem lactose. O mercado ainda é restrito, mas um bom começo pra quem pretende difundir a ovinocultura leiteira.

“A gente está desenvolvendo uma parceria forte com a prefeitura de Soledade em identificar novos produtores. A nossa ideia é agregar produtores numa parceria sólida e longa, e quem sabe transformar Soledade na capital brasileira da ovinocultura leiteira”, finaliza Sucasas.

Fonte: G1 Sul de Minas

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