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02/08/2018 12h09

Projeto “A vez do Xadrez”, de São Lourenço (MG), traz novidades para a cidade

Em outubro acontecerá o Torneio Municipal, organizado pela Liga Brasileira de Xadrez

1º Torneio de Xadrez Escolar em São Lourenço

Por Mariana Menezes

O projeto “A vez do Xadrez” foi idealizado em 2014 e 2015, pelo professor de Ensino Fundamental, David Serva Marques e oferece, gratuitamente, aulas semanais de Xadrez para 620 crianças, com idade entre 07 e 12 anos das escolas municipais de São Lourenço (MG).

“A vez do Xadrez”, que está cada vez mais se consolidando, tem uma novidade para a cidade. Em outubro acontecerá o Torneio Municipal, organizado pela Liga Brasileira de Xadrez valendo “rating” e incluindo os atletas de São Lourenço, o que fará com que a nossa cidade tenha uma forte representatividade nesta renomada Liga.

David, que também é o professor que ministra as aulas de xadrez, explica que dos 620 alunos, 120 foram pré-selecionados para compor a Seleção de Xadrez Escolar de São Lourenço. Assim, 20 alunos selecionados farão parte desta equipe e terão, além das aulas semanais, um treinamento específico todo sábado à tarde com a finalidade de representar a nossa cidade nos torneios da Liga Brasileira de Xadrez Sul-mineira.

Ressalta que os alunos pré-selecionados só fazem parte da equipe de xadrez da cidade se tiverem boas notas, assiduidade e bom comportamento. “Esse projeto é muito importante porque além da concentração e do senso de responsabilidade imprimidos em todo o treinamento é a possibilidade de entender o valor das boas escolhas que mais traz benefícios aos alunos. Uma boa escolha traz benefícios, ao passo que teremos que arcar com as consequências de uma má escolha. Esse senso de responsabilidade gera cidadãos mais conscientes para nossa cidade”, diz.

E os alunos estão cada vez mais preparados para disputar o campeonato. Esse ano quatro alunas da Escola Municipal Doutor Emílio Ábdon Póvoa participaram da edição regional do JEMG (Jogos Escolares de Minas Gerais), ficando em 7º de 33 cidades. Um avanço para tão pouco tempo de trabalho.

O professor conta que, além do JEMG, houve este ano, no final de junho, um torneio interescolar de Xadrez na Modalidade Rápido (até 30 min) na Escola Municipal Ismael Junqueira de Souza. Foram 53 atletas selecionados em cada escola. Houve a disputa dos Módulos I (até 10 anos) e II (até 13 anos) masculino e feminino. “Outra novidade é que parceiros da cidade (MWX Topografia e KNN Idiomas), que estiveram presentes nos torneios, viram o nível de organização e doaram as camisetas para os atletas da Seleção de Xadrez de São Lourenço, bem como cederam o lugar para o treinamento aos sábados”, comemora.

O projeto começou porque David preocupado com o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) das escolas e com as dificuldades de concentração e aprendizagem dos alunos, encontrou no Xadrez uma ferramenta educacional de grande potencial. “A ideia surgiu, também, como meio de combater a indisciplina escolar nas séries trabalhadas, melhorar o desempenho dos alunos com a autodisciplina, empatia, organização do tempo e, por consequência, o raciocínio lógico-matemático”, conta o professor.

Atualmente, o projeto atende alunos das Escolas Municipais Doutor Emílio Ábdon Póvoa, Manoel Monteir, Ismael Junqueira de Souza e COC. As aulas acontecem semanalmente com duração de 50 minutos.
Tudo começou nas Escolas Municipais Manoel Monteiro e Ismael Junqueira de Souza que receberam, no ano de 2016, o Projeto Piloto “A vez do Xadrez”, atendendo cerca de 80 crianças.

David conta que o resultado foi uma grande melhora no desempenho dos alunos em sala de aula e um número relevante de aprovações das crianças em provas de bolsa das escolas particulares da cidade. “Em 2017 o projeto foi então estendido para a Escola Municipal Dr. Emílio Ábdon Póvoa e agora atende centenas de alunos. Com o apoio da diretoria das escolas, os alunos têm tabuleiros adequados para a prática e um material didático exclusivo, organizado por mim mesmo”, explica.
Após o sucesso inicial, a Secretaria Municipal de Educação decidiu adotar o Projeto em escolas específicas em que o índice de baixa proficiência nas avaliações da Prova Brasil fosse mais deficitário. Resultado: em 2018 o saldo foi positivo em relação às avaliações feitas o ano passado.

O projeto é custeado pela Prefeitura que cedeu espaço para que as aulas de Xadrez pudessem acontecer nas escolas.

As aulas acontecem semanalmente

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