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A previsão é do secretário municipal de Obras, Sérgio Carbone, para o trecho onde foram realizadas as obras para melhoria de escoamento do córrego Esperança. Segundo ele ainda não foi possível fazer o serviço porque o subsolo está muito encharcado devido aos serviços realizados durante as obras, bem como as constantes chuvas do período. Aparentemente, olhando apenas a superfície, tem-se a impressão de que a área está seca, mas internamente, o solo precisa de um tempo para que a água acumulada seja melhor absorvida. Insistir em repor os paralelepípedos, agora, comprometeria toda a obra – o que significa também desperdício de recursos.
De acordo com Carbone, parte dos paralelos da avenida Getúlio Vargas foram usados nas obras de revitalização do calçamento da avenida Dom Pedro II, ano passado. Com isso, para concluir o calçamento da Getúlio Vargas, será necessário retirar parte das pedras da rua Adelaide Vassalo – que por sua vez irá receber um novo calçamento, em Paver. O material é semelhante ao tradicional bloquete, mas em formato retangular. Além disso, uma de suas principais vantagens é a porosidade, o que evita escorregões e derrapagens, garantindo maior segurança para pedestres e motoristas.
O secretário municipal de Obras esclareceu ainda que o município está aguardando a remessa de uma verba para a conclusão das obras de calçamento do local.
Enquanto o calçamento não é concluído, o excesso de poeira, provocado principalmente pelo tráfego intenso de veículos, incomoda os moradores e traz alguns transtornos – que vão desde o pó que se acumula nas residências, até casos graves de doenças respiratórias e alérgicas. Segundo Carbone, para minimizar os efeitos indesejáveis e perigosos da poeira, homens do Saae continuarão a fazer o aguamento do local pelo menos duas vezes por dia, inclusive à noite, além de aplicações periódicas de porções de cascalho.
Em janeiro, a Prefeitura de São Lourenço – através da Secretaria Municipal de Obras e com apoio do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) – concluiu a etapa subterrânea das obras de melhoria do escoamento do córrego Esperança. As obras tiveram início em agosto do ano passado e a iniciativa teve por objetivo construir uma estrutura para a captação do excesso de águas pluviais, a fim de evitar as constantes inundações que castigavam residências e prédios vizinhos do córrego.
Segundo informações divulgadas pela Ascom (Assessoria de Comunicação) da Prefeitura, um trecho do córrego tinha um ponto de estrangulamento nas ruas Lêdo, Castro Alves e Adelaide Vassalo. Para minimizar o problema, a Prefeitura ampliou em mais de 125 metros o sistema de manilhamento do córrego com tubos de concreto com 1,20 metros de diâmetro.
As cheias provocadas com o transbordamento do Esperança começaram há mais de 30 anos, depois que a cidade se expandiu em direção à Vila Carneiro, segundo explicou Sérgio Carbone. Até então, o córrego corria aberto em direção ao ribeirão São Lourenço, onde deságua. Os 700 metros de manilhas, colocadas naquela época, não foram suficientes para escoar o volume de água que o córrego passou a receber com a impermeabilização dos terrenos na região.
De acordo com moradores dos prédios e funcionários dos hotéis e pousadas do local, a obra melhorou 90% os problemas com inundações.
