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Regional
23/03/2017 12h08

São Lourenço registra alta no índice de infestação de focos da dengue

Cidade está com 1,3% de infestação larvária, quando o ideal é atingir até 1%

Ralos e vasos sanitários representam 30% dos criadouros do Aedes aegypti/Foto Divulgação-Ministério da Saúde

Aumentou a quantidade de focos do mosquito da dengue em São Lourenço. O Levantamento de Índice Rápido (LIRA) ficou em 1,3% na primeira semana deste mês. A mesma pesquisa, realizada em outubro do ano passado, apontava 0,8% de criadouros no município. O Ministério da Saúde estipula que o índice não ultrapasse a marca de 1%.

Até o momento, a Secretaria de Saúde já vistoriou 953 dos quase 22 mil imóveis da cidade. Do total, 20 domicílios tinham focos de dengue. De acordo com a pasta, os ralos e vasos sanitários representam 30% dos criadouros do Aedes aegypti – mosquito transmissor.

É importante ressaltar que a alta é referente apenas ao Levantamento de Índice Rápido feito entre os períodos. No geral, a cidade ainda não ultrapassou o limite do ano passado. Em 2016, entre janeiro e março, foram encontrados 279 focos da dengue, enquanto neste ano o número chega a 220.

O aumento percebido na pesquisa feita na primeira semana deste mês pode estar atrelado com o próprio período do ano, que apresenta oscilação entre calor e chuvas. A infestação da doença se dá entre dezembro e maio, quando é notificada elevação de casos.

Porém, a gerente da Vigilância Epidemiológica, Ariléia do Nascimento e Silva, acredita a condição climática não é a única responsável pelos números crescentes. “Sabemos que os casos alavancam nesta época do ano, mas as pessoas também estão negligentes quanto aos simples cuidados que elas devem ter. Uma tampinha de garrafa já é o bastante para o depósito e evolução dos ovos da dengue, por exemplo”, ressalta.

A gerente da Vigilância Epidemiológica afirma ainda que os agentes da prefeitura, que realizam o serviço de vistorias nos imóveis e orientação aos munícipes, encontram dificuldades para a execução completa dos trabalhos. Segundo Ariléia, quando as casas não estão abandonadas ou fechadas, o morador resistem ao não abrir as portas para os agentes. “A nossa intenção em atingir nosso público-alvo é tão grande que pedimos até para que os proprietários de imóveis deixem suas chaves com um vizinho de confiança para que o mesmo possa abrir a casa e fazermos o nosso trabalho”, enfatiza.

Em 2016, a Secretaria de Saúde registrou 147 casos suspeitos de dengue, sendo que 30 foram confirmados. Já no período de janeiro a março daquele ano foram 89 casos suspeitos e 17 foram positivos. Em 2017, neste mesmo espaço de tempo, são 6 casos suspeitos, quatro descartados e dois ainda permanecem em investigação. São Lourenço teve também um caso de Zica vírus no ano anterior. Até o momento, entretanto, a Secretaria de Saúde não foi notificada de nenhum registro da doença.

Ariléia do Nascimento, gerente da Vigilância Epidemiológica, orienta ainda inspecionar a própria casa uma vez na semana. “Se tirássemos 10 minutos para verificar a situação de nossas casas talvez não teríamos tantos casos de dengue e outras doenças no país”, conclui.

Do início do ano até o dia 18 de fevereiro, os casos de dengue, chikungunya e zika apresentaram queda em comparação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o boletim do Ministério da Saúde, as notificações de dengue tiveram redução de 89,8%; chikungunya, 76,3%; e zika, 97,6%.

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