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Regional
20/06/2017 09h22

São Lourenço tem direito a 40% do prédio Hotel Primus

O prédio foi leiloado na quarta-feira (14) e devia ao município R$ 2,5 milhões

O Hotel estava sendo leiloado por mais de R$ 5 milhões

A prefeitura de São Lourenço tem direito a 40% do prédio onde funcionava o antigo Hotel Primus, no centro da cidade. O prédio foi leiloado na última quarta-feira (14) e tinha uma dívida com o município no valor de R$ 2.523.066,52. O débito é a soma de impostos entre ISS e IPTU, que juntos reuniam uma série de processos judiciais contra o hotel.

Na última semana, o governo Célia Cavalcanti (PR) encaminhou à Câmara Municipal projeto de lei para participar do processo de aquisição da estrutura. O texto foi votado na segunda-feira (12) e aprovado por unanimidade dos vereadores presentes.

A chefe do executivo destacou no documento que “o imóvel possui condições de abrigar diversos departamentos (...), inclusive centro de convenções e até secretarias inteiras pelo seu porte, concedendo uma economia em alugueis, que hoje são pagos pelo município, de grande monta”.

O vereador Paulo Gilson Chopinho de Castro Ribeiro (PSC) foi a favor desta aquisição e, para ele, a obtenção de parte do prédio representa diminuição de gastos ao município. “A prefeitura paga inúmeros alugueis para o funcionamento de diversos setores. A dívida do hotel já estava consolidada em uma ação. O município pode economizar mais de R$ 100 mil por mês, caso pegue o imóvel em sua totalidade”, destaca.

A prefeitura obteve parte da estrutura através de uma compensação tributária, onde os valores devidos de impostos pelo hotel entraram como parte do pagamento por ele. O prédio foi leiloado por mais de R$ 5 milhões, sendo que a administração municipal o arrematou com lance mínimo – a metade do preço. De acordo com o poder executivo, a quantia é quase o valor da dívida total, restando apenas uma diferença de R$ 92 mil, que será parcelada em 12 vezes pelo município.

Com a aquisição do imóvel por metade de seu valor, a assessoria de imprensa da prefeita Celia informou ainda que a economia é de mais de R$ 2 milhões, além de ter conseguido recuperar uma dívida que não teria como ser paga e recuperar o patrimônio importante para a cidade.

A prefeitura destacou ainda que não herdou nenhum tipo de dívida trabalhista do prédio. Os 60% de ocupação restante do imóvel foram divididos entre outros proprietários, tornando a prefeitura a maior detentora da estrutura.

Ainda não se sabe de que forma o prédio será utilizado pela gestão municipal. A prefeitura disse estar analisando as melhores medidas jurídicas para a ocupação do espaço. A estrutura do local está crítica, necessitando de reformas em diversas áreas. O parlamentar Gilson Chopinho disse que a administração precisa avaliar agora de que forma os reparos serão feitos. “A prefeitura pode até buscar parcerias público-privadas para essa reforma, mas tudo precisa ser analisado”, finalizou.

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