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12/04/2011 11h53

Violência Banco Mundial aponta programa Fica Vivo! como sucesso na redução de homicídios

Banco Mundial aponta programa Fica Vivo! como sucesso na redução de homicídios
Lúcia Sebe/Secom MG
O Fica Vivo! combina ações de repressão qualificada e inclusão social
O Fica Vivo! combina ações de repressão qualificada e inclusão social

BELO HORIZONTE (11/04/11) - O Programa de Controle de Homicídios Fica Vivo!, criado pelo Governo de Minas em 2003, foi citado no relatório do Banco Mundial (Bird), divulgado nesta segunda-feira (11), como uma iniciativa de sucesso em todo o mundo na redução dos índices de criminalidade. Em mais de 350 páginas, o documento revela como a violência é a principal limitação para o alcance dos Objetivos do Milênio, ressaltando iniciativas de cerca de 20 países que têm contribuído efetivamente para melhorias na área de segurança pública. O Fica Vivo! é citado como o destaque do Brasil, por causa da redução em até 50% dos índices de homicídios entre jovens nas regiões atendidas pelo programa.

O programa Fica Vivo! combina ações de repressão qualificada e inclusão social, intervindo na realidade social antes que o crime aconteça. Desde a criação do programa, em 2003, já foram realizados mais de 50 mil atendimentos de jovens entre 12 e 24 anos, em situação de risco social e residentes em áreas com indicadores elevados de homicídios. Todos os atendidos passaram por uma ou mais das 650 oficinas disponibilizadas pelo programa do Governo de Minas que, hoje, já é realizado em 27 Núcleos de Prevenção à Criminalidade em todo o Estado.


Reconhecimento

Para o governador Antonio Anastasia, é um grande incentivo o fato de o Banco Mundial, que é parceiro de Minas em várias iniciativas, estar sempre indicado projetos do Estado, como o Fica Vivo!, como modelo a ser seguido por outros estados. “Este reconhecimento do Banco Mundial em relação ao Fica Vivo! é resultado do modelo de gestão implantado em Minas Gerais, baseado na boa governança e no cumprimento de metas para a melhoria de atendimento aos cidadãos”, afirma.

A coordenadora especial de prevenção à criminalidade da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Fabiana Leite, também comemorou o destaque no relatório divulgado pelo Banco Mundial. “O Fica Vivo tem buscado constituir relações com instituições internacionais e fora de Minas Gerais, porque há uma percepção de como esta interlocução é fundamental para buscar qualificar ainda mais os resultados e contribuir também com outras localidades que, infelizmente, encontram-se com o fenômeno de homicídios em recrudescimento”, salientou.


Abrangência

O secretário de Estado de Defesa Social, Lafayette Andrada, lembra que a previsão da Secretaria é de ampliar os núcleos de prevenção à criminalidade para aumentar a abrangência do programa de prevenção de homicídios. “Recentemente, recebemos a visita do consultor em seguridade cidadã da ONU, Gino Costa, que veio conhecer, entre outros destaques, do nosso Sistema de Defesa Social, o programa Fica Vivo!”, disse.

A Organização das Nações Unidas (ONU) está mapeando experiências bem-sucedidas em segurança pública de toda a América Latina, como forma de nortear seus trabalhos de supervisão e de assistência a localidades com altas taxas de violência. E o Fica Vivo! será citado neste documento da ONU, que levará recomendações aos governantes e gestores de toda a América Latina baseadas nos programas que trouxeram diminuição das taxas de violência.

Objetivos do Milênio

O relatório divulgado pela ONU, nesta segunda-feira, aponta causas e soluções para o não cumprimento dos Objetivos do Milênio pelos países. Estes objetivos são metas estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) para reduzir pobreza fome, morte de mães e crianças, moradia inadequada, desigualdade entre sexos e degradação ambiental até 2015.

Segundo o “Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial de 2011: Conflito, Segurança e Desenvolvimento”, uma em cada quatro pessoas no mundo vive em países afetados por repetidos ciclos de violência política e criminosa. Segundo o estudo, em países onde a violência é prolongada, as taxas de pobreza são, em média, 20 pontos percentuais mais altas que em outras nações.

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