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Contagem regressiva para a realização de um dos maiores eventos do canto coral no país. No ano em que celebra uma década de integração humana e cultural, através da música coral, o Canta Brasil – Festival Internacional de Corais – presta uma justa homenagem aos 35 anos de trabalho de um dos maiores talentos da regência coral do país: o maestro José Vallone Féo.
Carioca, nascido no dia 19 de junho, José Vallone deu os primeiros passos no infinito universo da música através da professora Celina Monteiro Camarinha. Estudou preparação e técnica vocal com o maestro e professor Gilvan Melo e, regência, com seu mestre: o maestro Ciro da Costa Braga.
Ao longo desses seus 35 anos de carreira musical e intenso ritmo, mantem um estreito intercâmbio cultural com grandes regentes e ainda se corresponde com diversas escolas – onde se atualiza em novas técnicas de preparação, técnica vocal e dinâmica comportamental de ensaios – buscando o permanente aprimoramento, melhor visão e percepção vocal dos cantores que estão sob sua responsabilidade.
Professor de preparação e técnica vocal de grupos de canto coral, fundou em cada uma das formações que atua a Escola de Preparação e Técnica Vocal, destinada à adequada formação de cantores de corais, backing vocals, vocalistas e solistas. A iniciativa oferece exercícios de vocalizes, técnicas de respiração e relaxamento, higienização vocal, expressão corporal, percepção sonora e rítmica para um melhor desempenho de cada aluno em sua área específica.
José Vallone também criou a Escola de Solistas – onde são preparados cantores e cantoras para solos de grandes obras para ópera, além de interpretação de clássicos imortais –, e também a Oficina de Teoria Musical, destinada a iniciantes, que oferece aos alunos os princípios de toda a mecânica de uma partitura.
Atualmente, o maestro Vallone é responsável por 17 corais na cidade do Rio de Janeiro, além de outros 13 que, nos últimos 17 anos, está à frente – não apenas como regente, mas também preparador vocal.
Seu principal pensamento: “Desde que não desistamos, sempre haverá uma chance para a vitória” (Ermance Dufaux). Seu lema pessoal resume absolutamente tudo: “Deus existe!”
Dez anos de música e cultura
Tudo começou no ano de 1999, quando a paixão pela música coral levou o maestro são-lourenciano José Henrique Martins a criar um festival de corais, a nível internacional. Como é normal ocorrer com grandes idealistas e personalidades ao longo da história humana, para muitos, tratava-se de um sonho impossível.
Contudo, aproveitando a realização da Convenção Internacional de Maestros de Coros, realizada em Brasília, em julho de 1999, o maestro José Henrique fez, oficialmente, o lançamento do Canta Brasil.
A estréia, no ano seguinte, foi um outro desafio diante do triste cenário de uma São Lourenço arrasada por uma enchente que provocou dor e calamidade. Mas a música sobrevive a tudo. E o sonho – loucura para alguns – permanecia vivo e inabalável. Um projeto do festival foi enviado pelo maestro ao Ministério da Cultura – que aprovou a iniciativa e incluiu o evento como sendo o único no gênero a fazer parte do calendário oficial das comemorações dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil, recebendo também a chancela dos 500 Anos, diretamente do Gabinete do então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso. Foram dez dias de evento, 80 corais brasileiros se confraternizando com os grupos corais irmãos de Portugal, Argentina, Chile e Venezuela.
Hoje, o Canta Brasil é muito mais que um encontro de corais. Trata-se de um dos maiores festivais internacionais da América Latina.
Ao longo destes 10 anos, a cidade de São Lourenço já recebeu – e recebe – a visita de inúmeros grupos corais de países como Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Colômbia, México, Venezuela, Estados Unidos, Portugal, Itália e Hungria.
Anualmente, cerca de cinco mil pessoas do Brasil e exterior visitam a cidade. Trazem mais que turismo regional e nacional: promovem um grandioso intercâmbio cultural, além fronteiras; promovem tradição e uma riqueza de infinito valor.
