Os estabelecimentos de São Lourenço podem ser obrigados a dispor de cadeira de rodas às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. O projeto de lei foi aprovado por unanimidade em sessão da última terça-feira (3) na Câmara Municipal. O texto segue agora para sanção da prefeita Célia Cavalcanti (PR).
Pela proposta, apresentada pelo vereador Evaldo José Ambrósio (PROS), apenas os estabelecimentos comerciais e empresariais com circulação acima de 50 pessoas por dia terão que aderir ao programa. Caso o projeto seja aprovado pela prefeita, os empresários terão 60 dias para implantar o sistema.
Segundo o parlamentar, a ideia surgiu através de uma pessoa com deficiência que foi a um estabelecimento do município e o proprietário do local não dispunha de cadeira de rodas. “A gente tem que facilitar a vida das pessoas com deficiência para que elas possam ser bem recebidas, temos que melhorar a acessibilidade em nosso município para que ninguém passe por constrangimentos”, afirmou.
Questionado sobre a quantidade mínima de cadeira de rodas por estabelecimento, o vereador não sou precisar um número exato. Porém, ele ressaltou que isso varia de acordo com a demanda do próprio comércio. “Não me lembro ao certo se o projeto determina uma quantidade mínima, mas o próprio proprietário pode avaliar a necessidade de ter mais de duas cadeiras de acordo com a demanda”.
O vereador afirmou não existir um projeto sobre a possibilidade de mudar a pavimentação das ruas e avenidas do município. Atualmente, o calçamento das vias é feito com paralelepípedos. “O ideal seria substituir por asfalto ou para bloquetes. Mas devido ao alto custo não sei se seria viável para a prefeitura”, completa.
Calçadas padronizadas
O vereador Evaldo Ambrósio informou ainda que pretende sugerir a padronização das calçadas do município. Segundo o parlamentar, as calçadas apresentam condições desfavoráveis aos usuários de cadeiras de rodas, com falta de sinalização e acessos destruídos. “A intenção é que seja feita calçadas com o mesmo padrão. Algumas recebem manutenções dos proprietários e outras não. É importante que tenha apenas um tipo de calçada para facilitar a vida do cadeirante”, conclui.