Em Baependi foram coletadas 8 toneladas de lixo no último mês
A tecnologia se renova a todo o tempo e, com isso, o resultado da ciência e da engenharia aumenta cada vez mais o consumo em todo o mundo. Apesar do avanço que a ela nos proporciona, o efeito negativo dessa evolução é o aumento significativo do lixo eletrônico. Em São Lourenço, a população pôde dar o destino correto aos produtos em desuso.
Pelo segundo ano consecutivo, a cidade recebeu a ação do Intel (Instituto Nacional de Telecomunicações) de Santa Rita do Sapucaí. A empresa montou na última sexta-feira (9) um ponto de coleta no município são-lourenciano. A estrutura foi erguida na Praça Brasil, no centro da cidade.
Entre os objetos que os munícipes puderam descartar estavam telefones celulares, computadores, carregadores, mouses, monitores, câmeras fotográficas, televisores, impressoras, entre outros equipamentos eletroeletrônicos.
A expectativa dos organizadores era de recolher pelo menos 2 toneladas de lixo eletrônico na cidade. O número representa a mesma quantidade coletada no município em setembro de 2016. Neste ano, os cidadãos puderam ainda se desfazer de medicamentos vencidos, que foram recolhidos pela Unimed.
De acordo com Débora Costanti Justino Ribeiro, responsável pelo projeto do Inatel, o intuito da ação é mobilizar a população para o descarte consciente dos produtos. “A nossa região é rica e conhecida pelo cenário hidrográfico e turismo ecológico. A nossa concepção está atrelada à preservação do meio ambiente. Com o passar do tempo, os próprios moradores das cidades ficam mais conscientes e separam o lixo eletrônico para ser descartado em ações como essa que fazemos”, ressalta.
Em todo o mundo, o consumo de produtos eletrônicos aumenta ano após ano. No Brasil, o cenário não é diferente. Em 2014, o país produziu 1,4 milhão de toneladas de resíduos de aparelhos econômicos e eletrônicos, conforme relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) divulgado em 2015.
“O consumo de novas tecnologias está cada vez maior. Quando a gente consome não temos o que fazer com os aparelhos antigos. O descarte correto permite preservar o meio ambiente evitando a poluição, já que alguns materiais levam centenas de anos para se decompor”, conclui Débora Costanti.