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São Lourenço - Notícias
03/03/2016 10h22

Doação de órgãos é autorizada por família de paciente falecido em São Lourenço

Acontecimento inédito possibilita salvar vidas e agilizar o processo de recebimento de órgãos.

Equipe do Hospital Escola de Itajubá que foi ao Hospital São Lourenço fazer a captação dos rins

No dia 20 de fevereiro, um paciente faleceu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Lourenço, devido a um acidente vascular cerebral (AVC). A família do paciente autorizou a doação de seus órgãos, em procedimento inédito na região.

“Há relatos informais de funcionários mais antigos do Hospital, que indicam a ocorrência de apenas um caso, há cerca de 20 anos”, conta Marcos Querino, assessor de comunicação do Hospital. “Porém não há registro de outro caso oficial de doação de ógãos de pacientes falecidos no Hospital”, acrescenta. Segundo ele, os familiares têm receio de concretizar a doação de órgãos, acreditando que a pessoa ainda pode ter alguma recuperação.

No caso do paciente foi detectada a morte encefálica, quando não existe qualquer possibilidade de recuperação. “O paciente tinha hipertensão arterial, sofreu um AVC isquêmico extenso e foi operado pelo neurocirurgião dr. Ricardo Duarte de Carvalho, para descompressão de um edema (inchaço) cerebral mas, lamentavelmente, não resistiu e teve morte encefálica”, explicou a dra. Eloisa Azalini, cirurgiã geral e plantonista da UTI.

Segundo informações divulgadas em release pelo Hospital São Lourenço, foram realizados todos os exames para confirmar a morte encefálica do paciente - principalmente o mapeamento cerebral, cujo laudo foi assinado pelo neurocirurgião dr. Mauro Horta. Após ser consultada pela Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante/CIHDOTT do Hospital, a família do paciente autorizou doar os órgãos dele.

“No Centro Cirúrgico do Hospital, os rins foram retirados por uma equipe do Hospital Escola de Itajubá - cirurgião geral dr. Gabriel Iannuzzi, cirurgião vascular dr. Seleno Glauber, enfermeira Flávia Gama Sampaio e técnica em enfermagem Priscila Fernandes Faria - e encaminhados ao MG Transplantes/CNCDO (Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos) Sul/Pouso Alegre. Por sua vez, as córneas foram encaminhadas ao Banco de Olhos do Hospital Alzira Velano, de Alfenas - enfermeira Marília Aparecida Carvalho Leite. É importante destacar que tanto o paciente doador quanto o receptor de órgãos têm suas identidades mantidas em absoluto sigilo”, explica nota do Hospital.

A legislação brasileira, sobre o processo de doação e transplante, estabelece que somos todos doadores de órgãos desde que após a nossa morte um familiar autorize, por escrito, a retirada dos órgãos.

Por isso, é muito importante que a pessoa interessada em doar órgãos e/ou tecidos deixe claro tal desejo junto a sua família para que a doação se efetive quando falecer. Não é necessário nenhum registro em documento, basta a autorização da família. Muitas pessoas esperam por um coração, por um pulmão, por um rim. Por uma vida.

Atualmente, a CIHDOTT/Hospital São Lourenço tem a seguinte composição: dra. Eloisa Azalini (presidente), Alexandra das Graças (enfermeira), Anderson Machado (assistente social) e Jaques Junqueira de Souza (psicólogo clínico).

Equipe do Hospital São Lourenço: dr. Leonardo, 
Maria Rita, Alexandra e Andersonos os dois últimos 
da CIHDOTT.
Córneas captadas para transplante
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