O músico tem apenas 33 anos e já lançou 23 CD’s
Por Marina Ibba
Nascido no interior de São Paulo, Diego Figueiredo é uma das maiores revelações da música instrumental brasileira. Premiado duas vezes pelo Montreux Jazz Festival na Suíça (2005 e 2007) como um dos três maiores guitarristas do mundo, tem apenas 33 anos e já lançou 23 CD’s e levou sua música para mais de 50 países, além de diversas parcerias com grandes nomes da música brasileira como Gilberto Gil, Toquinho, João Bosco e Belchior, com quem trabalhou durante 07 anos.
O músico iniciou os shows do IV São Lourenço Jazz & Blues e aqueceu a noite de quinta-feira (13) na companhia dos amigos Marcílio Garcetti (percussão), Alexandre Piu (teclados) e Chiquinho Oliveira (trompetista). Todos foram convidados por Diego, que presenteou o público com as participações especiais.
Além da guitarra e do violão que o acompanham nos palcos, Diego também toca baixo, viola, percussão e bandolim, instrumento com o qual experimentou seus primeiros acordes. O músico conta que suas primeiras referências musicais vem de dentro de casa. “Aos seis anos meu pai me deu um Bandolim, aos nove anos eu comecei com o violão e a guitarra. Meu irmão mais velho também é guitarrista e me influenciou muito e meu pai tocava violão também. A música sempre foi uma paixão na minha família”, recorda com carinho. Diego lembra também de seu grande mestre, Aroldo Garcia, com quem iniciou suas aulas de guitarra aos 12 anos.
O Jazz e o Blues estão sempre relacionados quando o assunto é música, porém são diferentes em diversos aspectos, principalmente, por um modo de fazer mais tradicional do Blues. Diego fala então com naturalidade sobre o seu trabalho musical e a maneira como reconhece a sua música. “Eu acredito que minha música está mais entre a Bossa Nova e o Jazz. O Jazz para mim significa liberdade de criação e improvisação, seja em qualquer estilo. O Jazz é uma linguagem na música, ele é sempre um processo de criação espontânea”, conta.
Diego fala ainda sobre a oportunidade de participar do IV São Lourenço Jazz & Blues e a proposta de uma programação gratuita para todo o público. “Isso tem que acontecer mais e mais no Brasil. Nos Estados Unidos isso é muito frequente e quanto mais isso acontecer no nosso país, melhor para a nossa cultura. Levar música gratuitamente para todo o tipo de público”, afirma.