Foto: Prefeitura de SL
Evento aconteceu no domingo e homenageou o Dia da Consciência Negra
No último domingo, dia 18 de novembro, aconteceu na Praça João Lage o “Movimento Arte e Cultura Negra”, um sarau realizado pela Diretoria de Cultura de São Lourenço em parceria com cidadãos voluntários. As atividades marcaram o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro.
A roda de conversa sobre transição capilar e autoestima foi um momento marcante durante o evento, levando ao público presente histórias emocionadas de pessoas que falaram de seus processos de autoaceitação e resgate do cabelo natural, e como isso influenciou na autoestima e na forma de se colocar para o mundo.
Outra importante ação foi a Oficina de Bonecas Abayomi. Estas bonecas eram confeccionadas pelas mães africanas, na época da escravidão, a partir de retalhos de suas próprias roupas, para servir de acalento a seus filhos durante as longas viagens nos navios negreiros.
A programação contou ainda com roda de capoeira, roda de Jongo, apresentações musicais e de dança tradicional, além de disputas de Hip-Hop.
O sarau contou com a presença da Diretora de Cultura Paula Alves Netto, que busca fortalecer movimentos como este, pois valorizam a arte popular da cidade. São importantes ações que resgatam a cultura local e celebram junto com a população as raízes de nossa história.
A organização do evento também contou com a ajuda das voluntárias Larissa Maris, Luciana Azalini e Bruna Carvalho, responsáveis pelo sucesso do encontro.
O Dia da Consciência Negra é uma data para lembrar e homenagear o líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi, assassinado nesse dia pelas tropas coloniais brasileiras, em 1695. Na década de 1970, um grupo de quilombolas no Rio Grande do Sul cunhou o dia 20 de novembro como a data para lembrar do grande líder. A representação do dia ganhou força a partir de 1978, quando surgiu o Movimento Negro Unificado no País, que transformou a data em nacional.
O Quilombo dos Palmares ficava onde hoje se encontra o estado de Alagoas e é considerado o maior quilombo territorial e temporal do Brasil, pois durou cerca de 100 anos. Em seu auge, chegou a abrigar de 25 mil a 30 mil negros que fugiam das fazendas onde eram escravos.