Leia nossas últimas edições
No sábado, 3 de janeiro, a Folia de Reis esteve no Mercado Municipal, onde se apresentou para muitas pessoas, entre turistas e moradores da cidade. Em seguida se dirigiram para o Caminho do Artesanato para saudar o presépio, e lá uma mesa posta os aguardava.
A apresentação tocou a todos os que estavam presentes e relembrou uma cultura e tradição que, infelizmente, com o tempo vem se perdendo. “São só os velhos que tocam, os mais novos não querem saber”, disse Nilson Zé da Silva, chefe da Companhia de Reis de São Francisco. “Tem que carregar os instrumentos e não é fácil”, acrescenta. Mesmo assim ele não desiste. Para ele é cultura, é tradição e é, inclusive, promessa. Este é o sétimo ano, o último da promessa, mas Nilson garante que não irá parar. No dia 4, domingo, a Folia saudou o presépio da Igreja Matriz de São Lourenço, onde também sensibilizou os presentes.
A Companhia de Reis de São Francisco de Assis foi fundada há 15 anos por Zé Topete, já falecido, e agora Nilson Zé da Silva lidera a Folia. Do dia 25 de dezembro até 6 de janeiro a Folia de Reis percorre a cidade, de bairro em bairro, cantando a história da viagem dos Reis Magos – Baltazar, Belchior e Gaspar - ao encontro do menino Jesus e ofertando uma mensagem de amor e fé. Com a música recebem doações, ora em dinheiro, ora em alimentos, e no dia 6 de janeiro, Dia de Reis, fazem uma grande celebração entre eles, um grande jantar com o que arrecadaram.
Todos os presentes se emocionaram com as músicas e as representações, sentindo a força da cultura e da tradição, celebrando o início de um novo ano numa geração que não valoriza mais o antigo e pensa apenas no novo.
A Folia de Reis tem origem espanhola e foi introduzida no Brasil no século XVI, como instrumento pedagógico dos jesuítas. Hoje a tradição se mantém viva em muitas regiões do País, mas vem perdendo a força da presença dos mais jovens.
 |
 |
 |
 |
