Antes de tornar pública a venda dos negócios de água da Nestle no Brasil para o grupo Edson Queiroz, a multinacional e o grupo brasileiro se reuniram com o prefeito, Leonardo de Barros Sanches, e depois com o presidente da Câmara Municipal, Ricardo de Mattos. As empresas vieram comunicar a venda da empresa de águas e do Parque das Águas.
Ambas as autoridades destacaram a importância do Parque das Águas e a manutenção dos trabalhadores nos postos de trabalho. O grupo Edson de Queiroz destacou o compromisso com o principal atrativo turístico do município e possíveis investimentos.
Para o presidente, as expectativas são boas, porém ainda é cedo para tirar alguma conclusão do grupo que vai assumir a exploração das águas minerais da cidade. “A Nestle pediu uma reunião comigo. Eles comunicaram a venda da empresa de águas para o grupo Edson de Queiroz. Fiz vários questionamentos sobre a vinda do grupo. Agora temos que aguardar para vermos como será a atuação deles, pois só trabalho com algo concreto”, afirmou Ricardo de Matos.
Durante a conversa, o vereador colocou diversas situações. Dentre elas está a questão da preservação do parque e das fontes de água, o pagamento de impostos para o município e a manutenção dos empregos.
De acordo com o presidente da Câmara Municipal, a empresa disse que quer uma aproximação com a população de São Lourenço. “Em junho quando terminar o período de transição eles vão chamar o poder executivo, o legislativo e a imprensa para mostrar a realidade do Parque das Águas. Vão mostrar a situação das águas com estudo geológico para evitar atrito por causa da desinformação sobre superexploração e falta de exploração”, disse Ricardo de Mattos.
Outra questão abordada pelo presidente do legislativo foi a questão dos impostos, que com a Nestle, a maior parte, são arrecadados no Rio de Janeiro. “Questionei o representante do Grupo Edson Queiroz se os impostos seriam arrecadados em São Lourenço e ele disse que essa questão será revista. Questionei também sobre o valor da água mineral São Loureço na cidade. O valor vendido aqui é muito mais caro do que em outras cidades. Eles disseram que vão rever essa questão também”, contou.
O vereador ainda destacou que a Câmara Municipal acompanhará e fiscalizará a atuação da empresa na cidade. “Nós vamos acompanhar com os olhos bem abertos. Não existe abracinhos e nem tapinha nas costas. Quero aguardar e ver o que vai acontecer para tomar medidas dentro da lei. O que for dentro da lei nós vamos fazer. Dizer se vai ser bom para São Lourenço, só o futuro vai dizer”, finalizou Ricardo de Mattos.