Da esquerda para a direita O diretor presidente do SAAE de São Lourenço, Henrique Ramon Poli de Almeida
O contrato entre a Conserbrás e o SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de São Lourenço foi rompido por irregularidades praticadas pela prestadora de serviço. A afirmação é do próprio presidente da autarquia, Henrique Ramon Poli de Almeida, que prestou esclarecimentos aos vereadores da cidade em sessão ordinária desta segunda-feira (17).
A Conserbrás executava os serviços de coleta de lixo e limpeza da cidade desde 2013, mas o convênio entre as partes foi encerrado no último dia 27 de março. Pelo contrato, a parceria deveria seguir até o início de dezembro deste ano.
O rompimento ocorreu, segundo o presidente do SAAE, Henrique Ramon, devido ao não cumprimento por parte da empresa de cláusulas previstas, principalmente no que se refere a questões operacionais. “Em meados de janeiro, nós já começamos a perceber algumas irregularidades e, ao constatarmos o não pagamento do adicional de 20% de insalubridade aos funcionários, o atraso de salários e a falta de reposição de trabalhadores, a situação ficou insustentável”, afirmou.
A Conserbrás mantinha empregava 113 funcionários na cidade. Os profissionais realizavam serviços como coleta de lixo, varrição e capina. Por medida de urgência, as empresas Plural e Carri substituíram a antiga prestadora de serviços temporariamente. O contrato com as duas novas empresas é válido até setembro. Uma licitação já está em andamento para que uma nova companhia se apresente.
De acordo com Henrique, a Prefeitura está fazendo um levantamento para calcular o prejuízo acarretado pela Conserbrás. “Somente depois disso, poderemos tomar as medidas cabíveis”, disse. O diretor de relações institucionais do SAAE reiterou: “A empresa teve todos os prazos legais para se adequar, pra dar uma resposta para o Poder Executivo, mas não foi eficiente”.
Em relação aos funcionários da Conserbrás, as empresas contratadas emergencialmente se comprometeram em absorver o maior número possível dos trabalhadores.
Procurada pela reportagem, a Conserbrás preferiu não se manifestar a respeito das irregularidades praticadas e, consequentemente, do cancelamento com o SAAE.