Agentes da prefeitura trabalham na capina
Depois de duas semanas do prometido, agentes do SAAE (Serviço Autónomo de Água e Esgoto) iniciam operação para limpar o bairro Nossa Senhora de Lourdes. A “força tarefa” teve início nesta quarta-feira (19). A prefeitura havia informado que o serviço começaria no início do mês, a partir de segunda-feira (3). A capina ocorre depois de a população reclamar do problema na região.
O Correio do Papagaio veiculou uma reportagem, com exclusividade, sobre a situação em questão. Na época, os munícipes da COHAB (Conjunto Habitacional) relataram que a capina era feita duas vezes ao ano e se sentiam abandonados pelo governo municipal.
O SAAE está com 90% de sua equipe atuando no bairro. Os funcionários são contratados da empresa Plural, que deve prestar o serviço para o munícipio até setembro próximo. A prefeitura informou, por meio de nota, que a previsão é de que dentro de uma semana todo o bairro receba a capina.
Contrato cancelado
Recentemente, o SAAE rompeu contrato com a Conserbrás. A empresa oferecia serviços como capina, coleta de lixo e varrição de rua no município. Nesta segunda-feira (17), o presidente do SAAE, Henrique Ramon Poli de Almeida, prestou esclarecimentos aos vereadores em relação ao rompimento do contrato com a antiga prestadora de serviços.
Em sessão ordinária, na Câmara Municipal, Henrique Ramon informou que o cancelamento com a Conserbrás ocorreu devido a irregularidades cometidas pela empresa, que mantinha o vínculo com a autarquia desde 2013.
“Em meados de janeiro, nós já começamos a perceber algumas irregularidades e, ao constatarmos o não pagamento do adicional de 20% de insalubridade aos funcionários, o atraso de salários e a falta de reposição de trabalhadores, a situação ficou insustentável”, afirmou o presidente do SAAE.
Em substituição à Conserbrás, as empresas Plural, de São João de Meriti, no Rio de Janeiro, e Carri, de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, passaram a fazer a coleta de lixo, varrição e a capina das ruas de São Lourenço. O contrato, que foi firmado em caráter emergencial, é válido até setembro. Uma licitação já está em andamento para que uma nova prestadora de serviço se apresente.
Ainda segundo Henrique, a Prefeitura está fazendo um levantamento para calcular o prejuízo acarretado pela Conserbrás. “Somente depois disso, poderemos tomar as medidas cabíveis”, disse. O diretor de relações institucionais do SAAE reiterou: “A empresa teve todos os prazos legais para se adequar, pra dar uma resposta para o Poder Executivo, mas não foi eficiente”.
A Conserbrás foi procurada pela reportagem, mas preferiu não se manifestar sobre o caso. A empresa disse apenas que uma ação corre na justiça, porém não forneceu detalhes do processo.