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São Lourenço - Notícias
30/08/2012 09h09

São Lourenço Aquiles Priester, baterista da banda Hangar, fala ao Correio do Papagaio

Aquiles Priester, baterista da banda Hangar, fala ao Correio do Papagaio

A Oficina de Música Erich Mathias realizou nessa no dia 16 de agosto, no salão de eventos da UNIMED, um Workshow com Aquiles Priester, ex-baterista da banda Angra, eleito o melhor baterista de Heavy Metal do Brasil por 10 anos consecutivos. O evento contou com a participação do baixista da banda Hangar, Nando Mello. Aquiles tocou músicas da sua banda, incluindo as do novo CD acústico e conversou com o público, respondendo perguntas feitas pelos fãs presentes e a estudante de Jornalismo, Stess Panissi, fez uma entrevista exclusiva com o convidado.

Stess Panissi: Das suas composições, existe alguma especial, aquela que você mais gosta? (Seja do Angra ou do Hangar)

Aquiles Priester: “As músicas do Hangar de forma geral são mais especiais, porque fiz parte do processo de composição. Tive muito mais liberdade e quando entrávamos na sala não havia nada pronto, tudo começava a surgir com ideias e sugestões da banda toda. Além disso, criei várias letras para as músicas.”

SP: Trabalhar no estúdio, dar aulas ou tocar ao vivo. Dessas funções, em qual você se sente mais realizado?
AP: “Me sinto mais realizado no palco. Não existe nada que eu faça como músico que posso considerar chato, mas tocar é realmente o que gosto de fazer.”

SP: Como foi tocar com Tony MacAlpine?
AP: “Foi incrível, um dos momentos mais especiais da minha vida. A música dele me inspirou a ser o baterista que sou hoje. Gosto muito de todos os bateras que tocaram com ele. Já tinha escutado muito os trabalhos dele durante a minha vida, e estar no palco tocando essas canções foi memorável.”

SP: Você já tocou com pessoas que considerava ídolos. Mas existe alguém que ainda sonha em fazer uma jam?
AP: “Se eu fizesse uma jam com um baterista que eu gosto muito eu travaria na hora. Pela importância dele na minha vida, e pelo respeito ao cara. Simplesmente não iria me sentir a vontade. Mas gostaria de tocar com bandas que sempre fui fã, como Rush, Iron Maiden e Jouney. Elas são importantes na minha história e na forma como eu encaro a bateria hoje em dia. O Jouney se encaixa no hard rock, ou seja, foge um pouco do estilo que toco. Mas o baterista Deen Castronovo era da banda. Ele também tocou com Tony MacAlpine, e gravou o “Maximum Security”, de 1987 e “Premonition”, de1994. Foram discos incríveis e que realmente mudaram a minha vida.”

SP: Você utiliza o temo “Psycho” em vários produtos seus (psycho book, psycho shoes, etc.). Você tem interesse na “psique”, ou seja, na mente humana, como é isso?
AP: “É uma coisa que eu gostaria de ser capaz de compreender um pouco mais. Sou um ser humano que gosta desse tipo de história. Acho que a mente é um grande labirinto que muitas vezes prega peças em você mesmo. É um assunto que me interessa muito e se pudesse escolher outra profissão, com certeza seria psicologia.”

SP: Você já foi jogador profissional de futebol e trabalhou numa multinacional. Como veio parar no ramo da música?
AP: “A música sempre foi presente na minha vida. Meu pai tocava violão e meus irmãos costumavam ouvir Beatles e Queen na década de 80. Ou seja, sempre fui cercado de música boa. Em 1984 ou 1985 comecei a me focar no futebol. E nessa época ouvia muito Rock nacional: Paralamas, Titãs, Roupa Nova, Rádio Táxi. O meu grande ídolo era o João Barone. (A diferença hoje é que quando ele toca em São Paulo ele me liga e me convida para assistir ao show.) Bom, quando eu percebi a música começou a tomar um espaço maior na minha vida e o futebol acabou ficando de lado. Em muitos momentos pensei em desistir, pois ser músico não é uma coisa fácil. E isso acabou acontecendo. De 94 a 97 me afastei da música por estar trabalhando numa multinacional. Foi uma época em que cresci bastante, tanto financeiramente quanto pessoalmente. Fazia faculdade, cursos de línguas várias outras atividades. A partir de 97 decidi montar uma banda de metal, não profissionalmente, mas sim como hobbie. E foi daí que surgiu o Hangar. A arte é uma coisa que precisa de liberdade e como não havia pressão alguma as coisas começaram a dar certo. Além disso, meu lado pessoal estava extremamente bem resolvido, e isso é importante, porque influencia bastante o lado profissional.”

SP: Como você acha que o público recebeu o CD “Acoustic, But Plugged In!”? Foi muito diferente fazer um som acústico?
AP: “Foi diferente, mas foi muito bom. Conseguimos uma abrangência maior. O CD acústico foi o mais vendido até hoje, num período de 6 meses após o lançamento, comparado aos outros cds do Hangar. Acho que o fã gostou do fato do pai, da mãe e da irmã mais velha poderem escutar junto. Pois ele não tem as guitarras e o todo o peso dos outros álbuns. O público percebeu que o Hangar tem uma grande capacidade para atingir não apenas o público do Metal, mas também outras áreas. O feedback foi muito positivo e o novo vocalista foi muitíssimo bem recebido.”

"Queria dizer que o workshop de ontem foi maravilhoso. As pessoas foram muito educadas, e a plateia ficou muito focada o tempo todo, o que é bem difícil de acontecer. Quero agradecer ao Erich Mathias pela oportunidade e também ao Diego “Caveira”, que fez a indicação para realizar o workshop aqui em São Lourenço.”

 

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