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Saúde
15/01/2015 16h50

Como reconhecer as diferenças entre asma e bronquite

Apesar de se tratarem de complicações respiratórias, elas são distintas.

A asma é uma doença genética com forte componente alérgico, com sua ocorrência condicionada também pela interação do indivíduo com o meio ambiente. Já a bronquite se divide em dois tipos: aguda, geralmente causada por vírus, bactérias ou inalação de substâncias irritantes; e crônica, caracterizada pela tosse diária por mais de três meses. Apesar de se tratarem de complicações respiratórias, elas são distintas.

De acordo com o dr. Rodrigo Athanazio, diretor de divulgação da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), é preciso garantir um bom controle ambiental para a manutenção da saúde respiratória além de adesão adequada aos medicamentos. Também é fundamental a vacinação anual da gripe e pneumonia para evitar infecções pulmonares e, consequentemente, as crises. A bronquite aguda, de ordem infecciosa, é passível de prevenção por meio da higienização correta das mãos.

Os sintomas mais comuns de ambas as doenças é a intensificação da tosse, acompanhada de catarro, falta de ar e chiado no peito. Segundo Athanazio, muitos pacientes acordam a noite devido ao encurtamento da respiração, visto que os sintomas asmáticos tendem a piorar neste horário.

“Todo paciente com asma e bronquite crônica deve ter um plano de ação para o manejo da crise, desenvolvido pelo médico. Caso o paciente apresente piora dos sintomas, indica-se o uso de broncodilatador, administrado por inalação ou pelas bombinhas. Caso os sintomas intensifiquem ou não apresentem melhora após a aplicação das medidas do plano de ação, o paciente deve procurar imediatamente assistência médica no pronto atendimento”, explica dr. Rodrigo.

 

Complicações e tratamentos

A ansiedade pode desencadear uma crise asmática, embora estes mecanismos ainda não sejam totalmente esclarecidos. Pessoas ansiosas tendem a respirar mais rapidamente, o que pode levar a um processo conhecido como hiperinsuflação pulmonar, associado à ocorrência de crises. Ocorre quando o ar entra nos pulmões e tem dificuldade para sair, ficando aprisionado e dificultando a respiração.

Sobre o uso de umidificadores de ar, não existem estudos que comprovem o benefício em pacientes com doença brônquica, especialmente os asmáticos. “Quando o ambiente está muito seco, acredita-se que a umidificação possa evitar crises ou, pelo menos, minimizar a intensidade dos sintomas”, comenta o pneumologista. O mais importante é seguir os cuidados de higiene do aparelho.

De acordo com o dr. Athanazio, o umidificador pode prejudicar pacientes com asma e bronquite se o aparelho não for limpo e higienizado adequadamente. “A troca de água no reservatório deve ser constante para evitar a contaminação, principalmente por fungos, o que pode piorar ainda mais os sintomas”, alerta.

Para tratar a asma, são indicados medicamentos para o controle da crise, principalmente corticoides inalatórios e broncodilatadores. Por apresentar um quadro autolimitado, a bronquite aguda pode se resolver sem tratamento. “Em caso de sintomas duradouros ou acentuados, o paciente deve procurar o médico para avaliar a necessidade de uso de antibióticos e outros medicamentos”, recomenda.

São Paulo, janeiro de 2015 

Assessoria de imprensa

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