02:35hs
Domigo, 22 de Dezembro de 2024

Leia nossas últimas edições

Leia agora o Correio do Papagaio - Edição 1903
Turismo
09/04/2016 10h36

Exuberância de natureza, hospitalidade e sabores de Minas

O município de Itanhandu oferece atrativos para as diferentes faixas etárias, convidando a um mergulho para dentro de si mesmo

Vista panorâmica do centro de Itanhnadu - Fotos: Wabusca Fotos

Visitar o município de Itanhandu é como entrar para uma viagem pelo mundo mágico da natureza e do bem-estar físico e emocional. Emoldurada por morros, serras e picos, o quadro é o destino perfeito para quem busca por um pouco de relaxamento e tranquilidade. O Rio Verde forma, ao longo das serras, cachoeiras e belos poços convidativos a um mergulho durante o verão.
A beleza da natureza de Itanhandu é um convite para o turismo esportivo e de aventura, com opções de caminhada, trekkiing, ciclismo, mountain bike, motocross, passeios de jipe ou de charrete.
As opções são vastas e a cidade tem uma estrutura para receber os turistas, com muita hospitalidade e saborosas comidas típicas. Hotéis e charmosas pousadas na cidade ou em fazendas e uma vida cultural e noturna oferecem opções de lazer e entretenimento, em qualquer época do ano. Para os amantes de uma boa mesa, além do delicioso e tradicional doce de leite (Itanhandu teve a primeira fábrica de leite condensado do Brasil, em 1918) e dos maravilhosos queijos, na área central do município há diversas opções de cafés e restaurantes, com deliciosas seleções gastronômicas, do mais simples ao mais sofisticado.
Itanhandu é uma terra de muita arte, com forte no artesanato, que pode ser encontrado na antiga Estação Ferroviária, hoje, denominada Estação das Artes e em alguns ateliês.
Localizada a aproximadamente 250 km de São Paulo e do Rio de Janeiro, o município atrai turistas de diferentes partes para conhecer e explorar Itanhandu que oferece temperaturas amenas e tem um microclima tipicamente serrano muito gostoso.
Com cerca de 14 mil habitantes, é uma cidade pequena que oferece o melhor do interior de Minas: hospitalidade, clima ameno classificado como tropical de altitude, qualidade de vida e muita diversão.

Breve Histórico

No início do século XVIII, nasce o arraial de Barra do Rio Verde, formado por um pequeno aglomerado de casas, circundado por várias fazendas.
Em 1882, chegam os ferroviários para construir a estrada de ferro que ligaria o lugarejo aos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro e daria acesso a outras cidades mineiras.
Em 1884, a estação ferroviária foi inaugurada, sendo chamada de Capivari, distrito integrante do município de Pouso Alto. O arraial de Barra do Rio Verde passou então a ser denominado Estação de Capivari. Apenas vinte anos depois, em 1904, a população mudou a denominação da localidade e da estação para Itanhandu.
Em 1911, o arraial Itanhandu passou a Distrito, pertencente ao município de Pouso Alto.
Finalmente em 1923, Itanhandu torna-se município, e no ano 1940 foi elevado a Comarca.
Durante o Ciclo do Ouro, foi caminho de tropas e tropeiros, por onde passavam as riquezas das minas com destino a Coroa, e na década de 30, foi resistência contra a invasão paulista ao território mineiro. Dois futuros presidentes trabalharam no local, o então Cel. Eurico Gaspar Dutra e o Tenente médico Juscelino Kubitschek, que declararia mais tarde a amigos: “Minha carreira política começou em Itanhandu”.
Emancipada em 1923, a sua economia gira atualmente em torno do comércio e serviços (52%), devido ao elevado fluxo turístico da cidade; indústria (30,2%) e agropecuárias, pesca e extração vegetal (17,8%).
Com informações da
Prefeitura Municipal

Itanhandu, a ‘Ema na Pedra’

A palavra Itanhandu é de origem tupi-guarani e pode ter alguns significados. “Itá” = pedra “Nhandu” = ema. No século XVI a região era habitada e disputada por índios Caingangues, Tupinambás, Tupiniquins e Puris. No período em que foi escolhido o topônimo, essas aves possivelmente deviam frequentar o local ou tenham sido avistadas em grande número pelos bandeirantes. O mais provável é que a denominação do Rio Itanhandu tenha origem indígena e foi assimilada pelos colonizadores.
Nhandu pode significar ainda corredeira, riscos ou aranha, favorecendo também as seguintes interpretações: “pedras que correm” ou “seixos rolados”, “pedras riscadas” ou “seixos raiados”, “ema na pedra” ou “ema de pedra”, “aranha na pedra” ou “aranha de pedra”.
Além dessas versões, os antepassados também reconhecem para Itanhandu os significados de “pássaro na pedra” e, até mesmo, “pássaro de pedra”, argumentando o fato de haver grande quantidade de pássaros sobre as pedras do Rio Itanhandu.

Atrativos turísticos

Cachoeira da Usina - A cachoeira e a corredeira, ideais para lazer e ecoturismo, localizam-se na antiga Usina, no bairro do Jardim, aproximadamente a 14 km do centro. Chega- se ao local pela estrada do Jardim km 7 ou pela estrada das Posses km 8. A temperatura da água oscila entre 2°C no inverno e 12°C a 15°C no verão. O ideal é visitar a Cachoeira da Usina com guia profissional.

Pedra Preta - A Pedra Preta tem aproximadamente 80m de altura. Está localizada à margem da estrada, que liga o bairro do Bom Sucesso ao Condado, aproximadamente a 8 km da sede do município. Para seu uso, é necessária a autorização do proprietário. Ideal para prática de escalada e rappel no local. Contate guia profissional.

Alto das Posses - A região do alto das Posses está dentro da RPPN e APA da Mantiqueira. Lá encontramos a predominância da Mata Atlântica de altitude, o pico dos Três estados (2665m2 IGA) e muitas nascentes que formam o ribeirão Vermelho, das Posses e o Rio Verde (IGA).

Poço do Mauro - O Poço do Mauro é um balneário localizado no bairro do Jardim, aproximadamente a 7,5 km do centro de Itanhandu, formado pelo Rio Verde e atinge a profundidade média de 2m no período das cheias. A temperatura média da água é de 15°C no verão e 5°c no inverno. O local é ideal para lazer, banho e mergulho.

Pedra da Poeira - A Pedra da Poeira está localizada no Cinquenta, aproximadamente a 1,5 km do centro de Itanhandu. Chega-se no local, saindo da antiga estação de trem e passando pelo pontilhão. A pedra possui 6 vias, onde os praticantes de escalada e rappel podem escolher o nível de suas escaladas de acordo com a dificuldade de cada via.

Pedra da Embocadura - Segundo a Eubiose, a Pedra da Embocadura faz parte do Sistema Geográfico Sul Mineiro, o centro energético do planeta na atualidade. Amantes dos esportes de aventura praticam escaladas e rappel no local. O acesso se dá pela estrada do Moinho. A pedra tem aproximadamente 40 m. Para seu uso, é preciso pedir autorização ao proprietário.

Poço do Cipó - O Poço do Cipó é um local de lazer, excelente para banho e mergulho. As pessoas se penduram numa corda que substitui o antigo cipó e fazem movimentos de vai-e-vem, balançando sobre o poço, e caem mergulhando. Localizado aproximadamente a 7 km do centro de Itanhandu, possui profundidade média de 2 m no período das cheias.

Pinicão - O Pinicão é um balneário localizado no bairro do Jardim, próximo ao Curral Falso. Está aproximadamente a 5,5 km do centro de Itanhandu. Possui corredeiras entre pedras roladas e um poço com profundidade média de 1,5 m no período das cheias. A temperatura da água é de 5°C no inverno e de 15°C no verão. O local é excelente para mergulho e banho. Ladeado por vegetação gramínea, também é propício para o lazer e práticas esportivas, como voleibol, futebol e banho de sol.
Igreja Nossa Senhora do Bonsucesso – pequena capela localizada no alto de uma colina no bairro do Bonsucesso, erguida pela família Costa, no inicio do séc. XX.

Igreja de Nossa Senhora da Conceição (Igreja Matriz) – depois de quase 20 anos de construção, a Igreja Matriz de Itanhandu foi concluída no início de década de 1960 (Padre da época, Dom José Costa Campos). A bela e imponente construção fica na área central do município e reserva aos visitantes e moradores a apreciação da convivência estética dos estilos moderno e romano. Com belos vitrais, doados por diversas famílias, os quais colorem as três naves por meio dos raios de sol e com algumas peças da antiga igreja conservada em seu interior. A história da religiosidade do povo local ficou assim preservada.

Igreja de São Sebastião – Localizada na área central da comunidade rural do Jardim, foi erguida em meados do século XX em devoção ao santo protetor.

Estação das Artes – Antiga Estação Ferroviária, tombada pelo Conselho do Patrimônio Cultural de Itanhandu, abriga hoje lojas de Artesanato.

Passarela da Antiga Estação – Conhecida como Viaduto, foi construída pelo Cel. Batista Scarpa, para as pessoas atravessarem da área central do município em direção ao bairro da Vila Carneiro e vice-versa. Assim a população podia evitar o movimento dos trens, que não só passavam, mas esperavam os embarques e desembarques de pessoas e mercadorias.

Antiga Fábrica de Cerâmica – Durante a Revolução de 1932, as áreas próximas da cerâmica foram usadas como campo de aviação sob o comando do Capitão Rocha Lima. Dali, decolavam os aviões mineiros, conhecidos pelos paulistas como “vermelhinhos”, para espionar as posições das tropas inimigas. Hoje, no local, encontra-se as chaminés da Antiga Cerâmica Itanhandu, que produzia telhas e tijolos, inclusive para a construção da Igreja Matriz, sob a direção da família Guedes e, posteriormente, da família Costa.

Cachoeiro Vô Delfim

Igreja Matriz

Passarela da Antiga Estação, conhecida como Viaduto 

Antiga chaminé da Fábrica de Cerâmica

Rio Aiuruoca, com águas cristalinas é um convite para um banho refrescante

Igreja Matriz

Como Chegar

São Paulo – Itanhandu
Tempo estimado de viagem: 3 horas
- Via Dutra (BR 116) até o Km 34, entrada Silveiras/Cruzeiro.
Opção de entrada por Cachoeira Paulista, depois da SP 52, até a divisa com Cruzeiro (SP) e Passa Quatro (MG) rodovia MG 158.
Rio de Janeiro – Itanhandu
Tempo estimado de viagem: 3 horas
- Via Dutra (BR 116) até o km 34, entrada Silveiras/Cruzeiro.
Opção de entrada por Engenheiro Passos, depois da BR 354 e depois da MG 158.

Belo Horizonte – Itanhandu
Tempo estimado de viagem: 5 horas e 30 minutos
- Via Fernão Dias (BR 381) até Três Corações, depois BR 491 até Cambuquira, depois MG 167 até o trevo da BR 267 sentido Caxambu/São Lourenço, depois BR 354 até trevo de Santana do Capivari (Pouso Alto) e depois MG 158.
- Via Fernão Dias (BR 381) até o viaduto de acesso a Campanha, depois BR 267 sentido Caxambu/São Lourenço, depois BR 354 até trevo de Santana do Capivari (Pouso Alto) e depois MG 158.

Informações turísticas

Secretaria Municipal de Turismo: (35) 3361-3618

Museu Ênio Brito: (35) 3361-3618

Fundação Itanhanduense de Educação e Cultural Dilza Pinho Nilo: (35) 3361-2408

PUBLICIDADES
SIGA-NOS
CONTATO
Telefone: (35) 99965-4038
E-mail: comercial@correiodopapagaio.com.br