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05/11/2015 10h09

39ª Mostra encerra com prêmio para 'Pardais'; Rio terá versão reduzida do evento

Foi uma bela Mostra e, apesar de a premiação da 39ª edição do evento ter-se realizado na quarta-feira, 4, ela ainda não terminou. Começa nesta quinta-feira, 5, a repescagem no Cinesesc e, pela primeira vez, a Mostra desembarca no Rio, com uma versão reduzida, mas não menos importante. Para os cariocas, a abertura, com As Mil e Uma Noites - O Inquieto, terá até a presença do diretor Miguel Gomes, para encontro com o público após a sessão inaugural. E o Troféu Bandeira Paulista, criado pela artista Tomie Ohtake, foi para... Pardais! O longa do islandês Runar Rúnarksson, coproduzido por Dinamarca e Croácia, obteve críticas mistas, mas agradou em cheio ao júri. Aborda a relação de um garoto com o pai.

Ari mora com a mãe, mas viaja ao encontro do pai numa região distante da Islândia. O tempo passou e criou-se uma distância entre eles. Ari sente-se deslocado. Os antigos amigos, a paisagem, nada lhe é confortável. E é por meio desse estranhamento que o diretor quer aprofundar sua investigação da adolescência como rito de passagem. Muito bem interpretado - pelo jovem Atli Oskar Fjalarsson -, o filme também foi premiado pelo júri na categoria roteiro.

O júri também outorgou uma menção para Carta Branca, de Jacek Lusinski, da Polônia, sobre professor que está perdendo a visão e tenta esconder o fato dos alunos e da direção da escola. Os prêmios de público foram para Sabor da Vida, de Naomi Kawase, como melhor ficção internacional; Tudo que Aprendemos Juntos, de Sérgio Machado, melhor ficção nacional; Pixadores, de Amir Escandari, da Finlândia, melhor documentário internacional; e Monstros do Ringue, de Marc Dourdin, melhor documentário brasileiro. O longa da grande autora japonesa é particularmente sensível (e inspirado), sobre o dono de uma loja de doces e a velha senhora que tem um toque especial para fazer a pasta de feijão vermelho. Quando ambos vencem suas resistências e se abrem os corações, a doença, como no filme polonês, projeta sua sombra, e nesse caso é a hanseníase (lepra).

A Mostra também outorgou o prêmio Juventude, escolhido pelos jovens, como parte do programação de formação de público. Venceram Beatles, de Peter Flinth, da Noruega (ficção internacional), e Califórnia, de Marina Person (ficção nacional). O prêmio da crítica foi para Os Campos Voltarão, de Ermanno Olimi, da Itália, "pela maestria com que o diretor orquestra som, tempo e natureza na composição de seu relato, e pela serenidade com que ele, inspirando-se em experiências de seu pai durante a 1ª Grande Guerra, reflete sobre a guerra como momento de ruptura da experiência humana, mas sem perder a esperança, o que é muito importante".

REPESCAGEM

Paraíso
De Sina Dena - 15 h

Verão Seco
De Metin Erksan - 17 h

A Terra e a Sombra
De César García - 19h10

Os Campos Voltarão
De Ermanno Olmi - 21 h
Cinesesc (Rua Augusta, 2075)


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão Conteúdo
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