06/02/2023 09h40
Beyoncé e Harry Styles são destaques na premiação do Grammy 2023
O Grammy 2023 teve sua cerimônia realizada na noite deste domingo, 5, em Los Angeles, nos Estados Unidos. O evento contou com quebra de recorde por parte de Beyoncé, vitórias importantes de Harry Styles e Lizzo, lembranças a Erasmo Carlos e Gal Costa e decepção para a brasileira Anitta, que concorria como artista revelação.
O primeiro vencedor das categorias principais foi Harry Styles, queridinho do público jovem que fez shows cheios no Brasil recentemente, na categoria de melhor álbum de pop vocal. Depois, Beyoncé, que estava atrasada, e Willie Nelson, não apareceram para receber os prêmios seguintes.
Sam Smith, que se define como não-binário, e Kim Petras, mulher transgênero, receberam o prêmio de melhor performance pop em grupo ou duo por Unholy - canção que apresentariam no palco momentos depois.
Bad Bunny ganhou a categoria de Best Musica Urbana Album, voltada ao público latino e falante de espanhol. No rap, Kendrick Lamar.
Beyoncé se emocionou ao receber o troféu de melhor álbum de dance/eletrônica, por Renaissance. Foi seu 32º Grammy, o que lhe rendeu o recorde de maior vencedora da história da premiação, superando o maestro Georg Solti. No discurso de agradecimento, exaltou sua famÃlia e também a comunidade Queer.
Bonnie Raitt se mostrou surpresa ao vencer o prêmio de canção do ano por Just Like That, música que compôs pensando em pessoas que doaram seus órgãos para outras viverem, dedicada a John Prine. Lizzo também se animou ao subir ao palco para receber o prêmio de gravação do ano pela música About Damn Time.
Harry Styles também foi o último premiado da noite, quando subiu ao palco para receber o Grammy de álbum do ano por Harry Styles, coroando a continuação do sucesso na carreira solo do ex-One Direction.
A apresentação do evento ficou por conta de Trevor Noah, que arriscou diversas gracinhas ao longo do evento, como promover o inusitado encontro entre Dwayne Johnson (The Rock) e Adele ou afirmar que o álbum Renaissance, de Beyoncé, é mais bonito que as obras do perÃodo da renascença.
Não foi desta vez para Anitta
Apesar da expectativa no Brasil e de parte da imprensa internacional apontá-la como favorita, Anitta não venceu a categoria de artista revelação do Grammy em 2023. Mais cedo, no tapete vermelho, a brasileira já havia falado sobre a possibilidade: "ganhando ou não, me sinto vitoriosa".
O prêmio ficou com Samara Joy, cantora que chegou a se apresentar durante a primeira parte da cerimônia e havia recebido seu primeiro Grammy mais cedo, na categoria de melhor álbum de jazz vocal.
Shows
Entre os shows, o grande destaque foi a apresentação em homenagem aos 50 anos do hip-hop nos Estados Unidos, relembrando sucessos e artistas ao longo das décadas, como Grandmaster Flash, LL Cool J, Public Enemy, Run DMC, Queen Latifah, Lil Wayne, entre outros.
O encerramento ficou por conta de DJ Khaled, Jay-Z e diversos outros artistas em um cenário simulando um banquete à luz de velas.
Nas tradicionais homenagens In Memoriam, relembrando os artistas que se foram desde a última edição, houve citação a Erasmo Carlos e Gal Costa. O momento emotivo teve inÃcio com Kacey Musgraves cantando Coal Miners Daughter, música de Loretta Lynn, primeiro nome que apareceu no telão. Houve ainda mudanças de ritmo mostrando um vÃdeo de Jeff Beck cantando, depois com o rapper Quavo e o Maverick City Music, destacando Takeoff, cantor que integrava o trio Migos, com David Crosby e, por fim, uma apresentação conjunta de Sheryl Crow, Bonnie Raitt e Mick Fleetwood.
Outros destaques
Antes da cerimônia principal, quando dezenas de prêmios considerados de menor apelo foram entregues, destaque para Viola Davis, que venceu na categoria de melhor audiolivro, narração ou contação de histórias por seu livro biográfico Finding Me. Ela se tornou uma EGOT, ou seja, uma artista que já venceu os prêmios Oscar (cinema), Tony (teatro), Emmy (TV) e Grammy (música).
Houve presença brasileira com o grupo Boca Livre, que ganhou o prêmio de melhor álbum de pop latino ao lado do músico Ruben Bladés, do Panamá. A parceria rendeu o trabalho Pasieros, que superou artistas como Christina Aguilera e Sebastian Yatra.
Fonte: Estadão Conteúdo