30/06/2016 10h36
Com orçamento 30% menor em relação a 2015, Festival começa sábado com a Osesp
O Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão dá a largada, no sábado, 2, à 47ª edição, com concerto da Osesp regida por Marin Alsop no Auditório Claudio Santoro. E, como em 2015, terá sua programação dividida entre Campos, onde serão realizados concertos, e São Paulo, que vai abrigar, além de apresentações, toda a área pedagógica do evento. O orçamento total é de R$ 4 milhões, com R$ 1,7 milhão do governo do Estado e R$ 2,3 milhões de patrocÃnios: uma redução de 30% com relação ao orçamento do festival no ano passado. Serão, ao todo, 88 concertos, 68 deles gratuitos.
"A princÃpio, alteração de local se deveu à necessidade de acomodar limitações orçamentárias. Os valores de hospedagem e locomoção em São Paulo são muito inferiores à queles da alta temporada em Campos do Jordão. Adicionalmente, as instalações da Sala São Paulo, bem como as dependências da EMESP, são muito funcionais. A facilidade de deslocamento entre esses espaços aumenta o aproveitamento dos alunos. Assim, do ponto de vista logÃstico, o festival ficou mais eficiente", explica Marcelo Lopes, diretor da Fundação Osesp, responsável pelo evento. "Não se pode negar que os atrativos turÃsticos e ecológicos de Campos estão no imaginário dos alunos há muitos anos, mas há necessidade de flexibilização para que se possa manter o número e o nÃvel de bolsistas, professores e atividades de performance."
O festival conta, este ano, com 138 bolsistas integrais e 79 parciais (no ano passado, eram 144 e 50, respectivamente). Além de aulas com músicos de todo o mundo, eles se apresentarão em séries de câmara e na Orquestra e na Camerata do Festival, com regência de maestros como Arvo Volmer e Neil Thomson. A lista de professores inclui nomes como a violinista Karen Gomyo, os violoncelistas Christian Poltéra e Pieter Wispelwey, o violonista Fábio Zanon (coordenador artÃstico e pedagógico do evento) ou o violinista Luis Otávio Santos, que vai orientar os alunos do Grupo de Música Antiga, uma das novidades da edição.
Para o diretor artÃstico da Fundação Osesp, Artur Nestrovski, as experiências artÃsticas e pedagógicas estão "fortemente integradas". "Os bolsistas que tocam na Orquestra do Festival fazem nada menos que quatro concertos. Temos também os bolsistas parciais, que tocam na Camerata e no Grupo de Música Antiga ", diz. "Pela própria natureza do festival, que, entre outras coisas, é uma espécie de galeria representativa do melhor que se faz em música clássica em São Paulo e no Brasil, a programação tende a ser bastante variada."
Entre os destaques, Nestrovski coloca o maestro estoniano Arvo Volmer, que pela primeira vez regerá a Orquestra do Festival. "Teremos também o violoncelista holandês Pieter Wispelwey tocando a integral das seis SuÃtes de Bach. E o Quarteto Diotima, que vem da França para uma residência. Destaco ainda Le Marteau Sans Maître, de Pierre Boulez, com a soprano Manuela Freua, e um conjunto de professores regido por Ricardo Bologna. Para fechar a lista de destaques em cinco, lembro ainda os concertos do Grupo de Música Antiga do Festival, sob a direção de LuÃs Otavio Santos", diz.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadão Conteúdo