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Variedades
02/04/2015 10h10

D'Existir estreia curta temporada no Top Teatro

Mariana Muniz encontra Beckett. Em DExistir, seu mais novo solo, que estreia uma curta temporada no Top Teatro (Rua Rui Barbosa, 201, tel.: 2309-4102), desta quinta-feira, 2, às 21h, até domingo, 5, às 19 h, torna-se uma andarilha que se pergunta sobre o sentido dos seus movimentos e reflete sobre a finitude. A ignição veio da sua vontade de ressoar um outro solo seu, Speranza! Dona Esperança (2009), no qual foi dirigida por José Possi Neto.

Mariana explica: "Parti dessa personagem, mas o que acabou aparecendo foi uma figura mais urbana, que caminha e que volta, que mistura céu, pedra, lonjura, que vive em um espaço desértico, amplo, aberto, e que precisa visitar certas paisagens para sentir que ainda não morreu, embora possa já ter morrido. É uma situação meio lusco-fusco, mas, como diz Beckett, isso não vem ao caso, porque ela está".

Dele, elegeu o livro Mal Visto Mal Dito, que não foi escrito para a cena e tem dois contos, mas sem história. "Nem sei se posso chamar de contos, pois são fragmentos de impressões, nos quais age meio como coreógrafo no jeito como faz as descrições de movimento. A maneira como Beckett mostra o acontecimento do movimento é muito sugestiva, dá vontade de se mover depois de ler aquilo."

Transitando entre a dança e o teatro, desta vez Mariana volta a trabalhar com Eduardo Tolentino de Araújo, do Grupo Tapa, com quem já realizou A Mais Forte, de Strindberg, e Berro, de Tennessee Williams. "Convidei o Edu para me dirigir, ele veio, assistiu, disse que eu já sabia o que fazer e sugeriu ser o supervisor geral."

Para produzir este solo, montou uma equipe. "Faz tempo que não juntava tanta gente bacana para criar. Em algum momento do trabalho anterior que vinha realizando com o grupo, entrei em uma crise criativa, me senti um pouco à deriva, e identifiquei uma necessidade urgente de fazer algo mais pessoal, de dar esse salto mais solitário no abismo. Mas, para realizá-lo, reuni colaboradores maravilhosos."

Cláudio Gimenez assumiu a assistência de direção; a carioca Clara Carvalho, atriz que foi bailarina, atuou como a "provocadora"; Celso Nascimento compôs a trilha sonora; Ricardo Bueno assina a iluminação e, Fabio Namatame, o figurino. "Ele desenhou um figurino-parangolé, com uma roupa dentro da outra, porque disse ter visto muitas histórias em uma história, muitas figuras nessa figura que ponho em cena, mesmo com tão poucas falas no trabalho", disse.

Nesta sexta, 3, das 10h às 12h, no mesmo espaço, Mariana Muniz oferece uma oficina gratuita, Estudos do Movimento - Criação e Forma, sobre o processo de criação de DExistir. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão Conteúdo
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