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13/03/2015 08h50

'Dias de luta, Dias de Glória' narra trajetória da banda Charlie Brown Jr.

O musical Dias de Luta, Dias de Glória, que narra a trajetória do grupo Charlie Brown Jr., estreia nesta sexta-feira, 13, no Teatro Gamaro, cercado de muito cuidado. Escrito por Well Rianc e dirigido por Bruno Sorrentino e seu pai, Luiz, o espetáculo trata cautelosamente de temas polêmicos que marcaram a vida do vocalista e único integrante presente em todas as formações da banda, Chorão, como a relação com drogas e bebida, além de seus relacionamentos amorosos.

Um dos grupos de maior sucesso no cenário recente da música brasileira, o Charlie Brown Jr. vendeu mais de 5 milhões de discos em 15 anos de carreira, iniciada em 1997 com o lançamento do álbum Transpiração Continua Prolongada. A fase também teve momentos turbulentos - os piores foram a morte de Alexandre Magno Abrão, o Chorão, em março de 2013, por overdose de cocaína, e Luiz Carlos Duarte Junior, o Champignon, baixista da banda, que foi encontrado morto com um tiro na boca, seis meses depois. O primeiro estava com 42 anos e Champignon, com 35.

"Queremos fazer um tributo ao Charlie Brown Jr. e foi esse o projeto apresentado ao Alexandre, filho de Chorão, que detém os direitos autorais. Ele gostou da ideia", conta Bruno, que trabalhou no musical durante dois anos, período em que se cercou dos cuidados. "Nossa fonte de pesquisa foram principalmente vídeos com entrevistas dos membros da banda e que são de domínio público", explica o produtor. "Também conversamos com as pessoas que rodeavam os músicos, como assessores e seguranças."

Tamanho cuidado visa evitar futuras reclamações sobre mal entendidos, especialmente vindas de outros membros da família de Chorão - Ricardo Abrão, irmão do cantor, publicou na internet uma série de três vídeos em que, entre outras acusações, diz que o musical ofende a memória de Chorão.

Bruno rebate dizendo que o fato de Ricardo não ter participado da criação do espetáculo não significa que "não há verdade no projeto". Outro problema que a produção teve de contornar envolveu a mulher de Chorão, Graziela Gonçalves, que pediu um valor em dinheiro para liberar o uso de seu nome. "O musical é auto sustentável e não dispunha dessa verba", conta Bruno. A solução foi criar um personagem fictício, Gabriela, que representa todas as mulheres que passaram pela vida do cantor.

Outro detalhe delicado - a relação de Chorão com drogas e bebida - não foi deixado de lado, mas, como conta Bruno, a intenção do musical é "ter um cunho pedagógico, pois deverá atrair uma plateia especialmente jovem". Com isso, quis dizer que o tema é tratado de uma forma discreta.

O musical começa no justo momento em que Chorão está perto da morte e revê a vida em um flashback. É quando começa a ação que envolve 23 atores, três skatistas e uma banda com cinco músicos. À frente, no papel principal, o rapper DZ6, escolhido depois de uma concorrida audiência.

"Eu me apresentava na mesma época que o Charlie Brown Jr. e a gente se cruzava nos bastidores", conta a cantora Patrícia Coelho, que interpreta Gabriela. "O musical é uma forma de mostrar como eles eram celebridades queridas."

Júlio Oliveira, que vive Champignon, conta que o texto foi cuidadosamente preparado para evitar ambiguidades. E ele protagoniza, ao lado de DZ6, um final simbólico, desejado por todos os fãs: o reencontro de Chorão com Champignon. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão Conteúdo
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