23/09/2017 08h40
'Dirigir pode ser um processo duro e intenso'
Filha de cineasta - Lúcia Murat -, Júlia Murat, diretora e roteirista, é autora de uma obra pequena (é muito jovem), mas expressiva. Ela conversou com o repórter na manhã de quarta, no Espaço da Augusta.
No inÃcio de Pendular, eram uma bailarina e um escritor. Por que mudou?
Porque a gente não queria que o filme fosse discursivo. Quando comecei com o Mateus (Mariani), me veio, de forma muito natural, essa coisa de pensar o amor. Mas a gente não pensa muito. Sente. A performance da Marina Abramovic, Rest Energy, que é muito conceitual, foi decisiva. Nos deu um norte. E o personagem virou escultor, porque dança e escultura constroem sentimentos mais que discursos.
Há um idealização dos artistas no estúdio. Por quê?
Não era uma intenção. Criar é um processo que pode ser muito duro e intenso e, para mim, em geral é. Exige pensamento, pesquisa.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadão Conteúdo