05/03/2017 09h09
Drama dos 50 segue atual, mas os atores fazem a diferença
A trapalhada do Oscar já ficou para trás, embora ainda deva repercutir por muito tempo no imaginário dos cinéfilos. Restam os filmes. Um Limite entre Nós estreou na quinta, 2. Denzel Washington fica furioso quando dizem que o filme dele é de cota (racial). Sugere, com um tanto de exagero, que o dramaturgo August Wilson é o novo Shakespeare. A cena exibida no telão do Oscar para espelhar sua candidatura como ator era exemplar. Um diálogo rÃspido entre pai e filho. Uma cobrança, uma acusação. O sacrifÃcio dos pais.
O catador negro de lixo não quer que o filho siga sua trajetória no esporte. Não deu certo para ele, não dará para o garoto. A crÃtica diz que é teatro filmado. O que é isso? Filmes podem ser verborrágicos, entre quatro paredes, e ser cinema. Depende da experiência - emocional e dramática.
Em 1940, John Ford ganhou seu segundo Oscar de direção por As Vinhas da Ira. Ford criou um paradigma de cinema social, a partir do romance de John Steinbeck. A empobrecida famÃlia Joad atravessa os EUA em busca de uma vida melhor na Califórnia. Passados quase 80 anos, a famÃlia agora é negra. Denzel e Viola fazem a diferença. O drama da famÃlia dos anos 1950 nem precisou ser atualizado. Segue intacto. Mas o filme não é o primeiro de seu gênero. No começo dos anos 1960, houve O Sol Tornará a Brilhar, com Sidney Poitier - ainda mais forte.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadão Conteúdo