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02/10/2017 07h40

'Exodus' dá conta da tragédia dos refugiados

É um tema que, por si só, dá conta do estado do mundo. A Convenção dos Refugiados de 1951 não determina teto nem número máximo para pessoas que se qualificam como refugiados. Os países que a firmaram deveriam estar obrigados a fornecer ajuda, mas, com esse novo nacionalismo que se fortalece no mundo inteiro, o migrante, de maneira geral, e o refugiado, em particular, estão sendo vistos como inimigos. O cinema tem dado conta do assunto. No ano passado, tivemos o excepcional Fogo no Mar, de Granfranco Rosi.

Esta semana temos outro documentário. Exodus - De Onde Eu Vim Não Existe Mais, de Hank Levine. O diretor, nascido na Alemanha e radicado no Brasil, onde tem parceria com a O2, de Fernando Meirelles, segue a trajetória de seis pessoas que foram forçadas a deixar suas casas em diferentes países, e por diferentes motivos.

Na Mostra do ano passado, em sucessivos encontros com o público, Levine contou a gênese. Há quase dez anos, estava no Senegal fazendo um documentário sobre pessoas que usavam barcos clandestinos para tentar chegar à Espanha. Ouviu histórias terríveis. Descobriu as rotas para a Europa, a América do Sul.

Entre seus personagens estão uma garota síria que aprende a atirar no Brasil e tenta chegar ao Canadá. Um refugiado que também sai do Brasil e, via Cuba, tenta chegar à Alemanha. São histórias de dor, de desespero, mas também de resistência. Wagner Moura empresta sua voz como narrador. Num mundo competitivo, e cada vez menos solidário, Levine destaca o que está em jogo nessas histórias. São as grandes conquistas como democracia e liberdade, incluindo a liberdade de se mover livremente. Uma fala dele na Mostra - "O mundo tornou-se restritivo. Temos de reaprender a incluir".

Fonte: Estadão Conteúdo
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