08/01/2023 13h40
Filha de Tadeu Schmidt celebra um ano de namoro após se declarar queer
Valentina Schmidt, filha de Tadeu Schmidt, apresentador da TV Globo, celebrou um ano de namoro com o estudante de psicologia Christiano Donnelly Vaz, no sábado, 6, após se declarar queer. Para comemorar a data, a jovem publicou uma homenagem no Instagram.
"Um ano. 365 dias. 525600 minutos com você! Obrigada por ser o melhor companheiro do mundo e por cada alegria que você me traz todos os dias. Feliz dia 7 para gente", escreveu ela.
Tadeu usou emojis de coração e de palmas para parabenizar o casal nos comentários da publicação. Além dele, outros seguidores elogiaram os dois.
"Fofos", disse uma pessoa. "Felicidades, minha linda", falou outra. "Será o primeiro de muitos anos juntos", escreveu mais um.
Valentina se declarou queer em junho de 2022, no Dia do Orgulho LGBT+. Na época, ela disse que a data celebrava um ano desde quando tomou uma das decisões mais difÃceis de sua vida.
"Uma decisão da qual me orgulho profundamente. Tenho orgulho de ter a liberdade para falar abertamente sobre a minha sexualidade. Orgulho de amar quem eu quiser. Orgulho de ter uma famÃlia e amigos que me apoiam incondicionalmente. Orgulho de ser uma mulher queer. Orgulho de ser eu", completou a atriz.
O apresentador, inclusive, apoiou a filha publicamente no Papo de Segunda, do GNT, com Fábio Porchat. No programa, ele revelou ter medo de alguém ser preconceituoso com ela e afirmou defender a causa LGBT+ "há muito tempo".
"Eu só tive essa coisa: será que alguém vai ter algum preconceito com ela? Queer é quem não se encaixa numa definição tradicional de identidade de gênero. Ela está aberta a tudo. Mas, assim, para mim não mudou absolutamente nada. Não dá nem para eu dizer que a acolhi porque... Num dia como outro qualquer, continuamos nos amando do mesmo jeito. Não fez a menor diferença. Minha filha continuou sendo a mesma", disse Tadeu.
O que é queer?
Segundo o sociólogo e professor da Unifesp Richard Miskolci, que estuda há anos as teorias queers, o termo não diz respeito a uma identidade de gênero ou orientação sexual. Na verdade, queer é o oposto disso: um conjunto de teorias que se contrapõem à ideia de que é preciso definir um gênero e uma orientação sexual.
A teoria queer defende que definir as pessoas em "caixinhas", como "homens", "mulheres", "gays" e "lésbicas" limita e causa sofrimento a pessoas que não se identificam com esses papéis de gênero impostos socialmente, além de excluÃ-las de direitos sociais.
Dessa forma, segundo o sociólogo, não é correto utilizar o termo queer como uma identidade de gênero ou orientação sexual. O que se entende quando Valentina Schmidt se define como "queer", no entanto, é que ela não aceita e não segue os papeis impostos socialmente a ela por ter nascido com vagina e, logo, ter sido identificada como mulher.
Fonte: Estadão Conteúdo