26/10/2021 23h20
Gilberto Braga, autor de novelas, morre aos 75 anos
Gilberto Braga, autor de novelas famosas como Dancin Days (1978), Vale Tudo (1988) e ParaÃso Tropical (2008), morreu nesta terça-feira, 26, no Rio de Janeiro, aos 75 anos. Ele foi vÃtima de uma infecção generalizada, decorrente de uma perfuração no esôfago, e estava internado havia dias no hospital Copa Star, em Copacabana.
Braga completaria 76 anos na segunda-feira, 1. Ele era casado com o decorador Edgar Moura Brasil havia 41 anos - a união foi formalizada em 2014.
Formado em Letras pela PontifÃcia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), Braga foi crÃtico de teatro e cinema antes de trabalhar como autor. Ele ingressou na TV Globo em 1972, quando escreveu um Caso Verdade. A primeira novela de sua autoria é de 1974. Com a sequência de sucessos, tornou-se um dos principais autores de novelas do paÃs. Por conta de ParaÃso Tropical, foi agraciado com o prêmio internacional Emmy.
Em 1974, escreveu a novela Corrida do Ouro em coautoria com Lauro César Muniz. Essa foi uma das três parcerias da dupla, sendo as outras duas Carinhoso e Escalada.
Uma das caracterÃsticas marcantes da teledramaturgia de Gilberto Braga foi a predileção por adaptações de obras clássicas.
Entre suas principais obras nesse filão, estão as adaptações dos romances Helena, de Machado de Assis, e Senhora, de José de Alencar, além, é claro, de Escrava Isaura, sucesso de 1976 inspirada no livro de Bernardo Guimarães. A novela se tornou uma das mais bem-sucedidas da teledramaturgia nacional.
Ainda na década de 1970, Gilberto Braga entrou no principal momento de sua carreira. Dancin Days, de 1978, marcou sua estreia no horário nobre e seu rompimento com as adaptações de obras clássicas da literatura. Curiosamente, Dancin Days percorreu o caminho oposto: nos anos 1980, a novela foi adaptada para um livro de uma coleção da editora Globo.
Vários famosos lamentaram a morte de Gilberto Braga nas redes sociais. "Em 1984, graças a você falamos de racismo em horário nobre", disse a atriz Zezé Motta.
Fonte: Estadão Conteúdo