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21/08/2022 19h00

Morre Leon Vitali, ator e 'braço direito' de Stanley Kubrick

Leon Vitali, ator de Barry Lindon (1975) que se tornou uma das pessoas mais próximas de Stanley Kubrick, morreu aos 74 anos, na sexta-feira, 19. Sua família contou à Associated Press neste domingo, 21, que ele se foi pacificamente, cercado por entes queridos, incluindo seus três filhos, Masha, Max e Vera.

Em 2018, aos 69 anos, foi tema do documentário Filmworker, de Tony Zierra, que abordava sua lealdade ao diretor notório por suas exigências e perfeccionismo, com quem chegava a trabalhar até 16 horas por dia.

Vitali era frequentemente descrito como assistente de Kubrick e fez contribuições importantes em alguns longas marcantes da história do cinema, como O Iluminado (1980) e De Olhos Bem Fechados (1999). Ele fazia de tudo, de selecionar o elenco a preparar atores e supervisionar restaurações. Certa vez, ele armou um monitor para que Kubrick pudesse ficar de olho em seu gato, que estava morrendo.

Matthew Modine, de Nascido para Matar (1987), publicou uma homenagem em seu Twitter. "Existem pessoas que nós conhecemos que têm um impacto profundo em nossas vidas. Leon Vitali foi uma dessas pessoas para mim. Um artista em todos os aspectos de sua vida. Um amável pai e amigo para tantos. De uma natureza gentil, generosa e conciliadora. Ele exemplificou e personificou a graça."

Vitali era um ator em ascensão na Inglaterra, aparecendo em diversos programas de TV, quando teve sua grande chance no elenco de Barry Lyndon, como o genro do personagem que dá nome ao longa, Lord Bullingdon. Ele ficou tão fascinado com Kubrick e sua forma de trabalhar que fez uma decisão pouco comum: desistiu de atuar e se deveotou totalmente às demandas do diretor por mais de duas décadas. Seu crédito seguinte num filme de Kubrick já constava como "assistente pessoal do diretor", em O Iluminado.

No filme, ficou conhecido por ajudar Danny Lloyd, de quatro anos, a quem descobriu, a interpretar Danny Torrance, e Louise e Lisa Burns a fazer as gêmeas assustadoras. "Eu fiz uma mudança muito, muito radical em minha vida e foi quando eu disse: 'Sou mais interessado naquilo do que eu era em atuar'", contou à Associated Press em 2017.

Após a morte de Stanley Kubrick, ele se dedicou à restauração de muitos de seus filmes, recebendo um prêmio da Cinema Audio Society por seu trabalho. Ele ainda trabalhou com o diretor Todd Field.

Zierra vem trabalhando em um corte do diretor do documentário Filmworker, que incluiria material inédito que ele e Vitali queria que fizessem parte do filme, mas não conseguiram fazê-lo a tempo da estreia em Cannes em 2017. (COM INFORMAÇÕES DA ASSOCIATED PRESS)

Fonte: Estadão Conteúdo
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