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03/10/2017 08h30

Por anos, ele teve de beber antes de uma apresentação

Em um dos poucos momentos mais pessoais do livro, Francis Hime fala dos exageros com a bebida. Ele conta do impacto que tinham as apresentações que se prolongavam, levando-o a situações extremas. "Você fazia a estreia, bebia à beça e, no dia seguinte, de ressaca, tinha de encarar o famoso 'segundo dia', e então bebia mais e mais e mais - imagine só o estado que ficava o pobre do 'figueiredo'?"

Ele é corajoso nesse momento, que se passa à página 95: "Essa necessidade de beber antes de fazer um show me acompanharia por muitos e muitos anos, até certa ocasião, em meados da década de 1980, em que eu estava prestes a começar uma apresentação no formato piano e voz no lindo Teatro do Paz, em Belém. A casa lotada, cerca de 800 pessoas conversando animadamente, o burburinho gostoso que antecede o espetáculo e... meia hora antes de entrar em cena, senti um desconforto no estômago e me vi na situação de ter de fazer o show completamente a seco, na cara e na coragem. Meu Deus, o que aconteceria?"

O que acontece vai dar o sinal a Francis Hime. Ele não precisa estar sempre embriagado para se dar bem no palco. "O show foi maravilhoso. O público adorou e eu me senti completamente à vontade e empolgado. Descobri então que, sem beber, não só os shows eram muito melhores, como eu me divertia muito mais. Afinal, se todo aquele público vai ao teatro pra te ver é porque gosta de você e do seu trabalho. A partir dali, nunca mais bebi uma gota de álcool antes de um show." Uma decisão importante, mas que só foi tomada 30 anos depois de sua estreia, no Bootles Bar, em pleno Beco das Garrafas. "Nada como o acaso", ele conclui.

O livro segue, na maioria das vezes, por perspectivas musicais quase técnicas, mas colocadas com um respeito aos leigos. Entender Hime, afinal, nunca precisou de atenções maiores do que as despertadas pela própria emoção.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão Conteúdo
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