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Variedades
11/03/2016 11h21

Soprano norte-americana canta 'Réquiem' de Verdi

Na próxima semana, a Osesp vai apresentar, sob regência da maestrina norte-americana Marin Alsop, uma das principais obras coral-sinfônicas do repertório: o Réquiem de Verdi. Escrita em 1874, é uma das mais importantes criações de seu autor que, grande mestre da escrita operística, emprestou enorme dramaticidade ao recriar musicalmente a missa dos mortos da tradição católica.

Essa contradição entre obra sacra e obra dramática - que na música de Verdi se dissipa e se transforma em um todo coeso e original - chama de cara a atenção do ouvinte, como destaca a soprano norte-americana Angela Meade, uma das solistas das apresentações. "Para encontrar o equilíbrio entre esses dois mundos é preciso saber manter a urgência da música e do texto, o que vai manter o drama ao mesmo tempo em que será possível respeitar a seriedade do contexto sugerido pela peça", diz ela, que terá ao seu lado a meio-soprano norte-americana Michelle De Young, o tenor ucraniano Dmitro Popov e o baixo francês Nicolas Teste.

Meade é um dos novos nomes da cena lírica internacional. Formou-se nos Estados Unidos e seus primeiros sucessos aconteceram no Metropolitan de Nova York. Autores como Donizetti e Rossini, do período conhecido como bel canto, foram fundamentais no início da sua trajetória. "No fundo, bel canto diz respeito à beleza do canto. Assim, não importa a época ou o compositor, para mim é fundamental ter em mente a beleza do som, à qual se soma a intenção dramática do texto", explica ainda ela.

Ela acaba de lançar um disco com uma ópera pouco conhecida de Donizetti, Le Duc DAlbe. Foi sua primeira gravação em estúdio. "Foi uma experiência excitante, poder trabalhar com a riqueza de detalhes que o estúdio permite, ainda que não seja fácil cantar a obra fora de ordem, parando e repetindo exaustivamente", conta. De qualquer forma, o que tornou a experiência especialmente enriquecedora para ela foi ter gravado uma ópera rara. "Descobrir músicas perdidas ou pouco tocadas é uma paixão que está presente em minha vida desde cedo. Tenho, claro, me preparado para o grande repertório, mas, no fundo, estou sempre à espera de mais uma partitura obscura." Enquanto isso, seus planos incluem cada vez mais papéis de Verdi, como a Elisabetta, em Don Carlo. E também de Wagner. "Ainda que Wagner não esteja nos meus planos imediatos, tenho certeza de que, em algum momento, nossos caminhos vão se cruzar.".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão Conteúdo
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